No Reino da Palavra...

- Não grite.
Não permita que o seu modo de falar se
transforme em agressão.

- Conserve a calma.
Ao falar, evite comentários ou imagens
contrárias ao bem.

- Evite a maledicência.
Trazer assuntos infelizes à conversação,
lamentando ocorrências que já se foram, é requisitar
a poeira de caminhos já superados,
complicando paisagens alheias.

- Abstenha-se de todo adjetivo desagradável
para pessoas, coisas e circunstâncias.
Atacar alguém será destruir hoje o nosso
provável benfeitor de amanhã.

- Use a imaginação sem excesso.
Não exageres sintomas ou deficiências
com os fracos ou doentes, porque isso viria
fazê-los mais doentes e mais fracos.

- Responda serenamente em toda questão difícil.
Na base da esperança e bondade,
não existe quem não possa ajudar conversando.

- Guarde uma frase sorridente e amiga para
toda situação inevitável.
Da mente aos lábios, temos um trajeto
controlável para as nossas manifestações.

- Fuja a comparações, a fim de que seu
verbo não venha a ferir.
Por isso, tão logo a idéia negativa nos alcance
a cabeça, arredemo-la, porque um pensamento
pode ser substituído, de imediato, no silêncio
do espírito, mas a palavra solta é sempre um
instrumento ativo em circulação.

Recorde que Jesus legou o Evangelho,
exemplificando, mas conversando também.
ANDRÉ LUIZ



Distribui sorrisos e palavras de amor aos irmãos algemados a
rudes provas como se os visses falando por teus lábios, e
atravessarás os dias de tristeza ou de angústia com a luz da
esperança no coração, caminhando, em rumo certo, para o
reencontro feliz com todos eles, nas bênçãos de Jesus, em plena
imortalidade.

(Emmanuel).

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

SUICÍDIO DE ANIMAIS! Você já parou para pensar sobre isso?




Contava o Morning-Post, há alguns dias, a estranha história de um cão que se teria suicidado. O animal pertencia a um senhor chamado Home, de Frinsbury, perto de Rochester. Parece que certas circunstâncias haviam levado a considerá-lo suspeito de hidrofobia e que, por conseguinte, evitavam-no e o mantinham afastado da casa tanto quanto possível. Ele parecia experimentar muito desgosto por ser assim tratado, e durante alguns dias notaram que ele estava de humor sombrio e magoado, mas sem mostrar ainda qualquer sintoma de raiva. Sexta-feira viram-no deixar o seu nicho e dirigir-se para a residência de um amigo íntimo de seu dono, em Upnor, onde recusaram acolhê-lo, o que lhe arrancou um grito lamentável.

“Depois de esperar algum tempo diante da casa sem obter permissão para entrar, decidiu-se a partir, e viram-no caminhar na direção do rio que passa perto dali, descer a barranca com passo deliberado e em seguida, depois de voltar-se e emitir uma espécie de uivo de adeus, entrar no rio, mergulhar na água e, ao cabo de um ou dois minutos, reaparecer à tona, sem vida.

“Este ato de suicídio extraordinário, segundo dizem, foi testemunhado por grande número de pessoas. O gênero de morte prova claramente que o animal não estava hidrófobo.

“Tal fato parece muito extraordinário. Sem dúvida encontrará incrédulos. Não obstante, diz o Droit, não lhe faltam precedentes.

“A história nos conservou a lembrança de cães fiéis que se entregaram a uma morte voluntária, para não sobreviverem a seus donos. Montaigne cita dois exemplos, tirados da Antiguidade: “Hyrcanus, o cão do rei Lisímaco, seu senhor morto, ficou obstinado sobre sua cama, sem beber nem comer, e no dia em que queimaram o corpo de seu senhor, ele correu e atirou-se no fogo, onde foi queimado, como fez também o cão de um tal Pyrrhus, porque ele não saiu de cima do leito do seu dono desde que ele morreu, e quando o levaram, deixou-se levar com ele, e finalmente lançou-se na fogueira onde queimavam o corpo de seu dono.” (Essais, liv. II, cap. XII). Nós mesmos registramos, há alguns anos, o fim trágico de um cão que tendo perdido a estima de seu dono, e não achando consolo, tinha-se precipitado do alto de uma passarela no canal Saint-Martin. O relato muito circunstanciado que então fizemos do caso jamais foi contraditado e não deu lugar a qualquer reclamação das partes interessadas.”
(Petit Journal, 15 de maio de 1866).


Não faltam exemplos de suicídio entre os animais. Como se disse acima, o cão que se deixa morrer de inanição pelo pesar de haver perdido o dono, realiza um verdadeiro suicídio. O escorpião, cercado por carvões acesos, vendo que não pode sair, mata-se. É uma analogia a mais a constatar entre o espírito do homem e o dos animais.

A morte voluntária de um animal prova que ele tem consciência de sua existência e de sua individualidade. Ele compreende o que é a vida e a morte, pois escolhe livremente entre uma e outra. Ele não é, portanto, uma máquina, e não obedece exclusivamente a um instinto cego, como se supõe. O instinto impele à procura dos meios de conservação, e não de sua própria destruição.

Fonte: http://www.ipeak.com.br/site/estudo_janela_conteudo.php?origem=6012&idioma=1

BULA DO REMÉDIO “Autoconhecimento”



AUTOCONHECIMENTO®

Formas Farmacêuticas e apresentações

AUTOCONHECIMENTO® 1000mg (USO DO IMATURO)

AUTOCONHECIMENTO® 500mg (USO DO DESPERTO)

AUTOCONHECIMENTO® 250mg (USO DO ATENTO)

Nome Genérico

“Scire-te” (Do latim, Conhece-te a ti mesmo.)

Uso

Recomenda-se que ao menos ao despertar do sono físico e antes de mergulhar nele, seja ministrado uma dose de alguns minutos. Use meditação e prece como catalisadores.

(Catalisador é toda e qualquer substância que acelera uma reação.)


Composição

Reflexão

Autoanálise

Descoberta íntima

Elevação

Ação esperada do medicamento

Atuar como chave da melhoria individual a partir do reconhecimento do que necessita de reforma em cada um e da descoberta das potências ocultas.

Cuidados de armazenamento

Guarde as descobertas para você, mas aplique-as sempre no mundo.

Cuidados de Administração

Use mais em você do que nos outros; caso contrário, estarás vendo a palhinha no olho do outro e esquecendo da trave no seu.

(Ver em: O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo X, item 9.)

Deve-se seguir minuciosamente as orientações para que tenha o efeito esperado.

Interrupção do tratamento

Pode causar estagnação no progresso moral, sob pena de reencarnações em circunstâncias menos favoráveis.

Indicações

Necessário a todo filho de Deus.


Contraindicações

Quem deseja ser infeliz deve abster-se do uso.

Precauções e Advertências

“(...) mas, direis, como julgar-se a si mesmo? Não teremos a ilusão do amor próprio que diminui as faltas e as torna desculpáveis? O avarento se considera simplesmente econômico e previdente; o orgulhoso acredita ter apenas dignidade.

Isto é muito verdadeiro, mas tendes um meio de controle que não pode enganarvos.

Quando estiverdes indeciso sobre o valor de uma de vossas ações, perguntai a vós mesmos como a qualificaríeis, se ela fosse praticada por uma outra pessoa; se a censurais em outrem, ela não poderia ser legítima em vós, pois Deus não tem duas medidas de justiça.”

Superdosagem

Não há risco de alergias ou dependências, aliás AUTOCONHECIMENTO® é um antialérgico natural, que previne as reações instintivas viciosas do paciente, preparando-o para ações mais elaboradas.

Lavar-se com ou ingerir abundantemente a água da perseverança, para que não desistamos de nós mesmos, nutrindo absoluta confiança no ilimitado amor de Deus por todos nós.

Reações Adversas

Certamente, nos primeiros anos, trará profundos incômodos, pois descobrir-se dói, mas uma vez estabelecida a rotina medicamentosa, só traz benefícios.

Pode causar desconforto, pode atordoar as pessoas que não admitirem ser espíritos imortais, mas mesmo essas reações chamadas “desilusões” serão benéficas a longo prazo, já que tira o paciente do estado de

“ilusão”.

Posologia

“Perguntai, portanto, a vós mesmos e interrogai-vos sobre o que tendes feito, e com que objetivo agistes em tal circunstância; se fizestes alguma coisa que censuraríeis, da parte de outrem; se praticastes uma ação que não ousaríeis confessar.

Perguntai ainda isto: Se aprouvesse a Deus chamar-me neste momento, teria eu que temer o olhar de alguém, ao retornar ao mundo dos espíritos, onde nada fica oculto? Examinai o que podeis ter praticado

contra Deus, depois, contra o vosso próximo e, finalmente, contra vós mesmos.

As respostas serão um repouso para vossa consciência ou a indicação de um mal que precisa ser curado.”

(Citações retiradas da questão 919 de O Livro dos Espíritos, Edições Léon Denis.)


Fonte: 29o Encontro Espírita sobre “O Livro dos Espíritos”

Quem Sou Eu e como Serei no Futuro?

Período: 10, 11 e 12 de fevereiro de 2013

http://www.celd.org.br/slide1.php

Ser Útil



Ser útil: A grande felicidade



Instruímo-nos sempre e é nosso dever espalhar 
o conhecimento, seguindo o conselho de Jesus 
que disse “ não se colocar a luz sob o alqueire “. 
Ela deve iluminar a todos e cada um de nós é 
uma chama viva que irá clarear outras mentes,
 repetindo o que por nós fizeram.
Por sua vez, a luz que acendermos irá ensejar 
a iluminação de outros. Assim, a sabedoria irá 
sendo ministrada numa progressão geométrica 
e ninguém poderá alegar não ter tido 
conhecimento, porque viveu no escuro.
Foi-nos proporcionada hoje uma rara 
apresentação da bondade e do grande poder 
divino, quando nos envolveram os suaves 
raios benfazejos vindos do espaço sem fim, 
fazendo-nos sentir a leveza dos anjos e a 
alegria dos justos. Bendita seja essa hora de 
elevação, quando nos irmanamos com um só pensamento: 
o de ser útil. Sim, porque, 
enquanto os irmãos encarnados buscam em 
nós o amparo de que necessitam e o conforto
que querem distribuir, nós também 
procuramos encontrar nos nossos irmãos 
Superiores as virtudes que desejamos 
transmitir, as quais ainda não se encontram 
bem desenvolvidas em nosso ser, carente 
de maior desenvolvimento evolucional.
Assim sendo, forma-se uma corrente 
ascendente que resulta em uma ligação com 
o etéreo e de lá materializam-se as formas
belas da natureza, aperfeiçoadas pelo amor 
com que são criadas
pelas mentes superiores e sobre nós se 
derramam com suavidade, trazendo-nos 
as virtudes próprias das criaturas que as 
emanam.Muito bem, tudo isso é real e 
constitui uma benção para todos nós, 
mas é necessário que 
saibamos receber todos esses benefícios e 
assimilar bem a energia que nos é 
transmitida.Essa energia, ao nos alcançar, 
se transforma, adquirindo a mesma natureza
do corpo que a recebe, ou melhor dizendo, 
do ser que a atrai, 
e nele se integra, fazendo reforço às 
combalidas forças dos que ainda são 
incapazes de se manterem em contato 
perene com o Pai da criação.



Trecho extraído do livro
Novas mensagens de
Luiz sergio


Escolas Antigas - Desde a mais recuada antigüidade o homem sentiu necessidade imperiosa quão inadiável de vencer a dor e as vicissitudes, libertando-se da angústia e superando o medo da morte. Sustentado nos primeiros tentames pela inspiração espiritual buscou na intimidade dos santuários a elucidação de vários dos enigmas que o afligiam, para diminuir a crueza das perspectivas de sombra e morte a que se via constrangido considerar. No entanto, com o nascimento das primeiras escolas de pensamento, que buscavam, através dos seus insignes mestres, a elucidação dos tormentosos mistérios a respeito da vida, perlustrou roteiros diversos, ora em ansiedade, ora em lassidão, padronizando por meio de regras fixas uma conceituação filosófica de tal modo eficaz que o libertasse do medo, fazendo-o tranqüilo.
Sem remontarmos à Antigüidade Oriental estabeleceu-se, a princípio, na Grécia, que a felicidade se nutre do belo, por meio do gozo que decorre da cultura do espírito.
Enquanto viveu, Epicuro procurou demonstrar que a sabedoria é verdadeiramente a chave da felicidade, mediante a qual o homem desenvolve as inatas aptidões da beleza, fruindo a satisfação de atender as mais fortes exigências do ser.
Pugnavam os epicuristas pela elevação de propósitos, demonstrando que as sensações devem ceder lugar às emoções de ordem superior, a fim de que o homem se vitaliza com as legítimas expressões do belo, conseqüentes aos exercícios da virtude por meio da qual há uma superior transferência dos desejos carnais para as alegrias espirituais.
Posteriormente o ideal epicurista, também chamado hedonista, sofreu violenta transformação, passando essa Escola a representar um conceito deprimente, por expressar gozo, posse, prazer sensual. Fixaram os descendentes do filósofo de Samos - que elaborara o seu pensamento nas lições de Demócrito oferecendo-lhe vitalidade moral - , o epicurismo nas lutas pela propriedade, ensinando que o homem somente experimenta felicidade quando pode gozar, seja através do sexo desgovernado ou mediante o estômago saciado. Fomentaram a máxima: possuir para gozar, ter para sobreviver, esquecidos de que a posse possui o seu possuidor, não poucas vezes, atormentando-o, por fazê-lo escravo do que tem.
Antes do pensamento epicurista, Diógenes, cognominado o Cínico, graças à sua forma de encarar e viver a vida, estabelecia que o homem deve desdenhar todas as leis, exceto as da Natureza, vivendo de acordo com a própria consciência e com total desprezo pelas convenções humanas e sociais. Era um retorno às manifestações naturais da vida, em harmonia com o direito de liberdade em toda a sua plenitude. Pela forma como conceituava a Filosofia, incorporando-a à prática diária, foi tido por excêntrico.
Desdenhando os bens transitórios passou a habitar um tonel. E como visse oportunamente um jovem a sorver água cristalina que tomava de uma fonte com as mãos em concha, despedaçou a escudela de que se servia por considerá-la inútil e supérflua, passando a fazer como acabava de descobrir... Desconsiderou, em Corinto, o convite que lhe fora feito por Alexandre Magno, desprezando a honra de governar o mundo ao seu lado e admoestando-o por tomar-lhe o que chamava "o meu sol".
Fundamentada no amor à Natureza e suas leis, a doutrina cínica considerava a desnecessidade do supérfluo e a perfeita integração do homem na vida, pois que nada possuindo não podia temer a perda de coisa alguma, desenvolvendo o sentido ético do "respeito à vida". Os continuadores exaltados, porém, transformaram-na em uma reação contra as regras da vida, semeando o desdém ou proclamando uma liberdade excessiva, a degenerar-se em libertinagem.
Toda vez que o direito precede ao dever esse desequilibra-se pela ausência de bases que lhe sustentem os interesses, pois que, somente pode usufruir quem haja retamente exercido o compromisso que a vida lhe impõe.
A liberdade é o direito inato, mas desde quando perturba o direito alheio faz-se prejuízo da comunidade em que se exterioriza.
Enquanto o homem não adquire o legítimo amadurecimento espiritual que o faz espírito adulto, não pode viver em regime de liberdade total, por faltar-lhe responsabilidade.
Contemporaneamente, floresceu o pensamento estóico, cujos fundamentos estão acima da condição da posse ou da ausência dela, mas da realidade do ser, do tornar-se. Zenão de Cício, seu preconizador, expunha, vigoroso, quanto à necessidade de se banirem da vida as expressões da afetividade e da emotividade, que, segundo lhe parecia, causavam apego e produziam dor. Desejando libertar o homem de qualquer retentiva na retaguarda, predispunha-o para enfrentar as vicissitudes e os sofrimentos com serenidade, libertando-o de toda constrição capaz de o infelicitar. Ensinava que o essencial na vida é a própria vitalidade interna, o encontro com o eu, tangenciando-o para a suprema forma das atitudes de natureza subjetiva. "O homem são os seus valores íntimos", lecionava, desejoso de fazer que o conceito fecundasse na alma humana. No entanto, pelo impositivo de reação aos elementos constitutivos o afeto e da emoção, não conseguiu oferecer a segurança básica para a felicidade, por tornar o homem inautêntico, transformado em máquina insensível ao amor, à beleza, ao sofrimento...
À mesma época, viveu Sócrates, considerado o pai da ciência moral, que a exemplificou em si mesmo, em caráter apostolar. Criticando e satirizando os falsos conceitos estabeleceu as regras da virtude, aplicando-as na própria vida. A sua dialética a expressar-se, não raro de forma irônica, combatia os males que os homens fomentam para gozarem de benefícios imediatos, objetivando com essa atitude de reta conduta o bem geral, a felicidade comunitária.
Diante dos juízes que o examinavam sob pretexto falso, manteve serenidade superior, sendo um precursor do pensamento cristão, relevantes como eram suas preciosas lições.
E diante da morte que lhe foi imposta, através da cicuta que sorveu, conservou absoluta serenidade, conforme se constata pouco antes dela pelo célebre diálogo mantido com Críton, seu jovem e nobre discípulo, que o visitara no cárcere. "O homem não são as suas roupas, o seu invólucro, mas o seu espírito"- afirmou, integérrimo, preferindo o cárcere e a morte à desonra, ele que devia ensinar conduta reta e consciência tranqüila. O seu legado ético é de relevante valor moral e espiritual, rescendendo o sutil aroma da sua filosofia de vida no idealismo que Platão apresenta nos memoráveis Diálogos, que refletem sempre a grandeza do mestre, verdadeiro pioneiro das idéias cristãs e espíritas.
Conceituação Moderna - Abandonando o empirismo através dos tempos, o pensamento atingiu o período tecnológico, estabelecendo a chamada "sociedade de consumo" e fomentando entre as nações a divisão dos países segundo o desenvolvimento, subdesenvolvimento e o terceiro mundo. Resultado de diversas guerras calamitosas e destruidoras o espírito hodierno experimentou vicissitudes jamais imaginadas, derrapando pelos resvaladouros do pessimismo e do imediatismo, em busca de soluções apresentadas para os velhos e magnos problemas da vida, sem encontrar a fórmula correta para atingir a felicidade.
As lutas de classes e o despotismo do poder, incrementados pelas paixões da posse, estabeleceram as regras da usurpação, gerando a miséria social em escala sem precedentes, graças ao desmedido conforto de alguns poucos com absoluta indiferença ante o abandono das coletividades espoliadas. O homem moderno, no entanto, parece ter-se perdido a si mesmo, conquanto as luzes clarificantes do pensamento cristão insistindo teimosamente para romperem a treva do dogmatismo e da insatisfação filosófica. O século XIX, herdando as valiosas lições de liberdade e justiça dos pensadores e paladinos do último quartel da centúria anterior, encarregou-se de zombar da fé, e o ceticismo apoderou-se das consciências que foram arrojadas na direção do futuro sem paz e em desesperança, na busca dos roteiros libertadores.
Depois da Segunda Guerra Mundial o existencialismo reconduziu o homem à caverna, fazendo-o mergulhar nos subterrâneos das grandes metrópoles e ali entregando-se à fuga da consciência e da razão pelo prazer, numa atitude de desconsideração pela vida, alucinado pelo gozo imediato.
Da aberração pura e simples a desequilíbrio cada vez mais grave, renovando-se os painéis de paixões exacerbadas, a juventude desgovernou-se e a filosofia da "flor e do amor" assumiu proporções alarmantes, na atualidade, conclamando os homens éticos e pugnadores da ciência da alma a atitudes de urgente e severa observação, para procederem à elaboração de novos conceitos filosóficos capazes de estancarem a onda de sexo, erotismo e degradação que de tudo e todos se apodera. Todo o velho sistema de Diógenes, condimentado pelo superluxo e supremo desinteresse pela vida, eclodiu nas últimas manifestações filosóficas, transformando os alucinógenos e barbitúricos em apetecidos manjares para as fugas espetaculares à realidade e mergulho do nada, do qual despertam mais apáticos, amargos e inditosos.
Sem qualquer fundamento ético, abandonando a afirmação otimista da vida, o homem moderno atravessa e vive poderosa crise filosófica que o aparvalha ante os prognósticos deprimentes sobre o futuro.
Os fantasmas da guerra e os fluidos dos preconceitos de várias ordens, mantidos multissecularmente a exsudarem miasmas venenosos, surpreendem a atual sociedade, gerando anarquia e violência sob os estímulos de paixões desregradas, levadas à máxima exteriorização. O homem recorda a vida tribal e procura fugir das regras estabelecidas, por desvitalizadas, buscando criar comunidades para o prazer com comunhão com a Natureza.
Atormentado, porém, pelo desequilíbrio interior, infesta o ideal de liberdade com a virulência dos instintos em descontrole, obliterando as fontes do discernimento, com que engendra argutos programas de alucinação e morte, sem lobrigar o cobiçado aniquilamento, o róseo fim de sonho e esquecimento...
Felicidade e Jesus - Estabelecendo, conforme o Eclesiastes, que a verdadeira "felicidade não é deste mundo", Jesus preconizou que o homem deve viver no mundo sem pertencer a ele, facultando-lhe o autodescobrimento para superar o instinto e sublimá-lo com as conquistas da razão, a fim de planar nas asas da angelitude. Não é feliz o homem em possuir ou deixar de possuir, mas pela forma como possui ou como encara a falta de posse. O homem é mordomo, usufrutário dos talentos de que se encontra temporariamente investido na condição de donatário, mas dos quais prestará contas. O ter ou deixar de ter é conseqüência natural de como usou ontem a posse e de como usará hoje os patrimônios da vida, que sempre pertencem à própria vida, representando Nosso Pai Excelso e Criador.
Situando no "amar ao próximo como a si mesmo" a pedra fundamental da felicidade, o Cristo condiciona a existência humana ao supremo esforço do labor do bem em todas as direções e latitudes da vida, dirigido a tudo e todos, e elucida que cada um possui o que doa. A felicidade é o bem que alguém proporciona ao seu próximo. O eu se anula, então, para que nasça a comunidade equilibrada, harmônica e feliz. A alegria de fazer feliz é a felicidade em forma de alegria.
Construída nas bases da renúncia e da abnegação a felicidade não é imediata, fugaz, arrebatadora e transitória. Caracteriza-se pela produtividade através do tempo e é mediata, vazada na elaboração das fontes vitais da paz de todos, a começar de hoje e não terminar nunca. Por isso não é "deste mundo".
Vivendo as dores e necessidades do povo, Jesus padronizou a busca da felicidade no amor por ser a única fonte inexaurível, capaz de sustentar toda aflição e vencê-la, paulatinamente. E amando, imolou-se num ideal de suprema felicidade.
Espiritismo e Felicidade - Concisa e vigorosamente fundamentada no Cristianismo, a Doutrina Espírita apresenta a felicidade e a desgraça como sendo a conseqüência das atitudes que o homem assume na rota evolutiva pelo cadinho das incessantes reencarnações.
O espírito é a soma das suas vidas pregressas.
Quanto haja produzido reaparece-lhe como título de paz ou promissória de resgate, propondo, o homem mesmo, as diretrizes e as aquisições do caminho a palmilhar. Quanto hoje falta, amanhã será completado. O excesso, hoje em desperdício, é ausência na escassez do futuro. Todo o bem que se pode produzir é felicidade que se armazena.
A filosofia da felicidade à luz do Espiritismo se compõe da correta atitude atual do homem em relação à vida, a si mesmo e ao próximo, estatuindo vigorosos lances que ele mesmo percorrerá no futuro. As dores, as ansiedades e as limitações são exercício de morigeração a seu próprio benefício, transferindo ou aproximando o momento da libertação dos males que o afligem.
A consciência da responsabilidade oferece ao homem a filosofia ideal do dever e do amor.
Respeito à vida com perfeita integração no espírito da vida - eis a rota a palmilhar.
Serviço como norma de elevação e renúncia em expressão de paz interior.
Servindo, o homem adquire superioridade, e, doando-se, conquista liberdade e paz.
Nem posse excessiva nem necessidade escravizante.
Nem poder escravocata nem a indiferença malsinante.
O amor e a caridade como elevadas expressões do sentimento e da inteligência, conduzindo as aspirações do espírito, que tem existência eterna, indestrutível, sobrevivendo à morte e continuando a viver, retornando à carne e prosseguindo em escala ascensional, na busca ininterrupta da integração no concerto sublime do Cosmo, livre de toda dor e toda angústia da sombra e da roda das reencarnações inferiores, feliz, enfim!
Estudo e Meditação:
"Pode o homem gozar de completa felicidade na Terra?
Não, por isso que a vida lhe foi dada como prova ou expiação. Dele, porém, depende a suavização de seus males e o ser tão feliz quanto possível na Terra." (O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questão 920.)
"Em tese geral pode afirmar-se que a felicidade é uma utopia a cuja conquista as gerações se lançam sucessivamente, sem jamais lograrem alcançá-la. Se o homem ajuizado é uma raridade neste mundo, o homem absolutamente feliz jamais foi encontrado." (O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, cap. V, item 20.)

Texto extraído do livro Estudos Espíritas, de Divaldo Pereira Franco pelo espírito de Joanna de Ângelis.



Em todos os tempos da história temos relatos os mais diversos sobre curas milagrosas usando a imposição das mãos. A Bíblia talvez seja o livro mais famoso que narra as mais diferentes curas: “E Jesus, estendendo a mão, tocou-lhe dizendo: Quero. Fica limpo! E imediatamente ele ficou limpo de sua lepra”. (Mateus, Cap. VIII, v. 3). Nos povos indígenas, a figura do Pajé se mostra um grande curador que utiliza suas mãos para tal. As Bezendeiras que fazem parte da cultura popular, também possuem seus métodos de cura, e um grande prestígio, em especial nas cidades interioranas. No oriente, relatos mais antigos que a bíblia nos remete a religiosos que curavam as mais diversas mazelas utilizando-se somente das mãos, inclusive uma prática que se originou no oriente: o Reike, terapia que utiliza principalmente a imposição das mãos, assim como o Karuna. A Cura Prânica, também é uma terapia que utiliza as mãos para curar.
Franz Anton Mesmer foi um dos primeiros a pesquisar cientificamente esta prática. Médico austríaco, criador da teoria do magnetismo animal conhecida pelo nome de Mesmerismo, nasceu a 23 de maio de 1734 em Iznang, em uma pequena vila perto do Lago Constance. Estudou teologia em Ingolstadt e formou-se em medicina na Universidade de Viena. Em 1775, após muitas experiências, Mesmer reconhece que pode curar mediante a aplicação de suas mãos. Acredita que delas se desprende um fluido que alcança o doente. Declara: "De todos os corpos da Natureza, é o próprio homem que com maior eficácia atua sobre o homem". A doença seria apenas uma desarmonia no equilíbrio da criatura, opina ele. Mesmer, que nada cobrava pelos tratamentos, preferia cuidar de distúrbios ligados ao sistema nervoso. Além da imposição das mãos sobre os doentes, estendia o benefício a maior número de pessoas, magnetizando a água, pratos, etc. Cujo contato submetia os enfermos. Inventada a cuba mesmérica (Fig.1), passou a atender 30 pacientes por sessão, 300 diariamente. A cuba consistia num recipiente com água magnetizada, do qual saiam numerosas varas de ferro, em cujos extremos pontiagudos se prendiam os doentes, colocando estas pontas em suas partes enfermas
Produziam-se, então, variadas reações nervosas ou histéricas, com efeitos curativos em muitos casos. Mesmer praticou durante anos o seu método de tratamento em Viena e em Paris, com evidente êxito, mas ele acabou expulso de ambas as cidades pela inveja e incompreensão de muitos. Depois de cinco tentativas para conseguir exame judicioso do seu método de curar, pelas academias, é que publica, em 1779, a "Dissertação sobre a descoberta do magnetismo animal", na qual afirma que esta é uma ciência com princípios e regras, embora ainda pouco conhecida. Em 1784, o governo francês nomeou uma comissão de médicos e cientistas para investigar suas atividades. Benjamin Franklin foi um dos membros dessa comissão, que acabou por constatar a veracidade das curas, porém as atribuíram não ao magnetismo animal, mas a outras causas fisiológicas desconhecidas.
Atualmente no Brasil esta prática é muito difundida nos centros espíritas espalhados por todo o país, juntamente com a administração de "água fluidificada"; observam-se várias formas de aplicação de passes, como é chamado o ato nos centros espíritas. O Codificador da Doutrina reflete:
O magnetismo preparou o caminho para o Espiritismo, e os rápidos progressos desta última doutrina são incontestavelmente devidos à vulgarização das idéias acerca da primeira. Dos fenômenos magnéticos, do sonambulismo e do êxtase às manifestações espíritas, não há senão um passo; sua conexão é tal, que é, por assim dizer, impossível falar de um sem falar de outro. (Kardec, Allan. Revista Espírita, 1858).
Kardec ainda esclarece:
O Espiritismo e o Magnetismo (Animal) nos dão a chave de uma imensidade de fenômenos sobre os quais a ignorância teceu um sem-número de fábulas, em que os fatos se apresentam exagerados pela imaginação. O conhecimento lúcido dessas duas ciências que, a bem dizer, formam uma única, mostrando a realidade das coisas e suas verdadeiras causas, constitui o melhor preservativo contra as idéias supersticiosas, porque revela o que é possível e o que é impossível, o que está nas leis da Natureza e o que não passa de ridícula crendice (Kardec, Alan. O Livro dos Espíritos, questão 555).
Certas pessoas têm realmente o dom de curar por simples contato?
– O poder magnético pode chegar até isso, quando é secundado pela pureza de sentimentos e um ardente desejo de fazer o bem, porque então os bons Espíritos auxiliam. Mas é necessário desconfiar da maneira por que as coisas são contadas, por pessoas muito crédulas ou muito entusiastas, sempre dispostas a ver o maravilhoso nas coisas mais simples e mais naturais. É necessário também desconfiar dos relatos interesseiros, por parte de pessoas que exploram a credulidade em proveito próprio. (Kardec, Alan. O Livro dos Espíritos, questão 556).
É comum pessoas que assistem às palestras espíritas tomarem o passe e beberem da água ao final das palestras, como em um ritual, mas qual é o conceito da água “fluidificada”? E de onde surgiu esse conceito? A água é capaz de reter campos magnéticos? O fator psicológico altera os resultados? E os passes ditos espíritas, estão de acordo com os conceitos vistos nas obras dos Espíritos? É realmente necessário um curso de passe e qualquer um pode ser passista? O mérito moral realmente influencia no processo de cura? Qual é a visão científica dos dois temas?
De acordo com o Instituto Nacional de Saúde de Washington (EUA), com base em cerca de trinta teses de doutoramento, foi atribuído ao Toque Terapêutico, em 1994, a comprovação da sua eficácia como terapia alternativa.
Em 1975, Dolores Krieger demonstrou os efeitos do toque terapêutico através da medição de índices fisiológicos em seres humanos após estudos laboratoriais. Comprovou que após a imposição de mãos ocorrem significativas alterações fisiológicas em doentes hospitalizados em diferenciados casos clínicos. Este estudo foi publicado na Revista Americana de Enfermagem, em 1979, sob o título de “Therapeutic touch: searching for evidence of physiological change” (Toque Terapêutico: busca por evidências de mudanças fisiológicas).
Verifica-se, até os dias de hoje, a existência de cargas magnéticas - de monopolos magnéticos - na natureza. Eis, pois, que surge a questão: qual a causa primária responsável pelos fenômenos magnéticos observados na natureza? A resposta é simples: cargas elétricas em movimento, ou seja, correntes elétricas. Todo magnetismo conhecido atrela-se de alguma forma à presença de cargas elétricas em movimento.
A escolha de sistemas envolvendo apenas cargas em movimento retilíneo uniforme é geralmente assumida quando se estuda o magnetismo, em virtude de que em sistemas envolvendo cargas elétricas aceleradas, haverá ainda um terceiro fenômeno envolvido: a emissão de ondas eletromagnéticas. Tal fenômeno resume-se geralmente na seguinte sentença: "cargas elétricas aceleradas irradiam". A necessidade de se considerar as interações oriundas da radiação presente em tais sistemas certamente torna-os mais complexos, sendo estes estudos no contexto do eletromagnetismo. O estudo dos fenômenos associados à interação magnética em sistemas envolvendo apenas cargas elétricas em movimento retilíneo uniforme - ou em sistemas onde a quantidade total de onda eletromagnética irradiada pode ser desprezada - é geralmente designado por Magnetostática.
Em essência, todo magnetismo conhecido atrela-se de alguma forma à presença de cargas elétricas em movimento. Mesmo em ímãs naturais, materiais onde não se verifica a presença de correntes macroscopicamente mensuráveis em suas estruturas, tal afirmação é valida.
Correntes elétricas é a fonte primária de campos magnéticos. É certamente necessário, pois que, dada uma distribuição de corrente conhecida, se possa calcular o campo magnético por ela produzido em um determinado ponto escolhido do espaço ao seu redor. Células biológicas usam a bioeletricidade para armazenar energia metabólica, fazer trabalho ou desencadear mudanças internas, entre um sinal elétrico e outro. Entramos aqui na Ciência do Bioeletromagnetismo, que é o resultado da ação da corrente elétrica produzida por potenciais de ação, junto com os campos magnéticos gerados pelo fenômeno de indução eletromagnética.
O campo magnético, afeta cada átomo do seu corpo. Os elétrons nos átomos giram em torno do núcleo. Aumentando o campo magnético presente junto do átomo, a velocidade dos elétrons orbitais aumenta e os elétrons de valência começam a pular para órbitas de maior energia. O átomo começa a vibrar com maior intensidade, num movimento chamado de precessão. A precessão resulta no aumento da ação molecular, causada pelo aumento do campo magnético. Isto cria uma órbita cônica para certos elétrons. O resultado líquido desse aumento na atividade molecular é um aumento na transferência de elétrons, que é a base de toda as reações químicas em nosso corpo. Esta é a razão porque uma diminuição no campo magnético leva a uma menor atividade molecular e a um decréscimo de enzimas no nosso corpo.
Em resumo: campo magnético mais elevado aumenta o movimento de elétrons e prótons, o que leva ao aumento da atividade molecular, resultando em reações químicas mais eficientes, o que funciona como um catalisador para melhorar as funções de nosso corpo.
Em 1829, CLOQUET faz o primeiro relato da utilização do mesmerismo como anestesia, procedendo à amputação de uma mama, método já utilizado por DUBOIS (1797) e RECAMIER (1821). James ESDAILLE (1808-1959) tornou-se um dos maiores magnetizadores, inspirado nas técnicas de ELLIOTSON. Cirurgião, trabalhou num hospital mesmérico em Calcutá, Índia, onde realizou milhares de pequenas cirurgias e 300 de grande porte sem dor, pelo magnetismo, com diminuição impressionante dos índices de mortalidade. Não empregava a sugestão verbal, mas o passe e a insuflação magnética, obtendo estados profundos de letargia, catalepsia, sonambulismo e insensibilidade. James, concluiu que: O mesmerismo é uma força natural do organismo humano, que afeta diretamente o sistema nervoso muscular; que a administração crônica do mesmerismo atua como um utilíssimo estimulante da debilidade funcional; que a água pode ser carregada com fluído magnético e tem um poderoso efeito sobre o sistema; que a influência mesmérica pode se transmitida através do ar a considerável distância. - ESDAILLE J. Cirurgia mayor e menor bajo hipnosis. Ed. Crespilil Buenos Aires, 1959.
Nesse trecho de O Livro dos Espíritos, questão 483, temos a resposta que o magnetismo atua no sistema nervoso central: Qual a causa da insensibilidade física que se verifica, seja entre certos convulsionários, seja entre outros indivíduos submetidos às torturas mais atrozes? – Entre alguns é um efeito exclusivamente magnético, que age sobre o sistema nervoso da mesma maneira que certas substâncias. Entre outros, a exaltação do pensamento embota a sensibilidade, pelo que a vida parece haver-se retirado do corpo e se transportado ao Espírito. Não sabeis que, quando o Espírito está fortemente preocupado com uma coisa, o corpo não sente, não ouve e não vê? (Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos).
Segundo LANTIER, em 1892, foi criada por uma espírita eminente uma escola prática de magnetismo e de massagem, admitida pelo governo francês. Frente à reação dos médicos, um novo projeto sobre o exercício da medicina foi discutido pelo Parlamento, levando os espíritas, magnetizadores, curandeiros e massagistas a fundarem um sindicato, conseguindo vinte e cinco mil assinaturas favoráveis à sua petição em defesa de seus interesses. Em função de vários processos contra curandeiros, espíritas e magnetizadores, e particularmente num caso envolvendo Mouroux em 1896, o Congresso Internacional Espírita que se realizou em 1900 em Paris, discutiu e deliberou que o Magnetismo realmente possui propriedades curativas e a eficácia de sua utilização para o tratamento das doenças sem qualquer perigo, e solicitando a alteração da legislação sobre o exercício da medicina.
Os passes ditos espíritas estão de acordo com os conceitos vistos nas obras dos Espíritos? É realmente necessário um curso de passe e qualquer um pode ser passista?
Na Revista Espírita de setembro de 1865, a Sra Maurel, médium vidente e psicógrafa mecânica, na manhã do dia 26 de Maio, fraturou o antebraço direito com distensões no punho e cotovelo, numa queda. Foi tratada através do magnetismo espiritual, e curada em impressionantes nove dias (tempo recorde para a medicina humana) por Bons Espíritos, dentre eles o Dr. Demeure, além de um grupo de amigos encarnados (formando assim, uma espécie de corrente magnética, oferecendo material fluídico que misturado com os dos Espíritos, proporcionaria a cura, neste caso), solicitados pelos Espíritos e um magnetizador que colocava a médium em estado sonambúlico. Os Espíritos poderiam agir sozinhos, mas os fluidos animalizados são mais compatíveis com a necessidade de um órgão físico.
“O fluido humano sendo menos ativo, exige uma magnetização prolongada e um verdadeiro tratamento, às vezes, muito longo. O fluido espiritual, mais poderoso em razão de sua pureza, produz efeitos mais rápidos e, frequentemente, quase instantâneos”, orienta Kardec em outro artigo da mesma Revista.
Existe então, na realidade, esta gradação nos efeitos de acordo com o potencial fluídico, a origem do fluido e a sua maior ou menor qualidade. Qualidade que depende diretamente do nosso estado de saúde física e emocional, além do nosso padrão moral.
Kardec estuda a temática em "A Gênese" (KARDEC, 1989), no tópico "Curas". Esclarece as três formas da ação magnética: Pelo fluido (Bioenergia) do magnetizador (Magnetismo Humano); pelo fluido dos Espíritos atuando diretamente, sem intermediário (Magnetismo Espiritual), e pelo fluido que os Espíritos transmitem ao magnetizador (potencializando e ao qual este serve de condutor (Magnetismo Misto ou humano-espiritual). Conceitos não vistos no MEB.
Muitos acreditam que o efeito curativo dos passes magnéticos nada mais é que efeito placebo. A questão do placebo é um dos assuntos que mais fascinam e, ao mesmo tempo, mais causam controvérsias entre a classe científica.
Conhecer o placebo, suas possibilidades e seus efeitos, é fundamental para a classe científica. E para um leigo, até que ponto é interessante saber que um remédio ao qual ele atribui sua cura não passava, por exemplo, de simples composição de amido com açúcar? O placebo é definido como uma substância inerte ou inativa, a que se atribuem certas propriedades (como as de cura de uma doença) e que, ingerida, pode produzir um efeito que suas propriedades não possuem.
O Dr. Bernard Grad, bioquímico e pesquisador de geriatria no McGill University's Allen Memorial Institute, no Canadá, realizou experiências muito interessantes na Universidade de McGill, Montreal, na década de 1960, a respeito da cura pelo toque das mãos que foi reconhecida, e Grad recebeu um prémio da Fundação CIBA, uma fundação científica fundada por um grande laboratório farmacêutico. Nas suas experiências com sementes de cevada, Grad substituiu humanos por plantas e animais, para evitar o efeito placebo. Num recipiente de água salgada (que retarda o crescimento), Grad colocou as sementes e pediu a um curador psíquico (um passista) que fizesse imposição das mãos sobre a água.
As sementes foram colocadas em água salgada (tratada pelo passista e não tratada).Foram colocadas de seguida numa estufa, onde o processo de germinação e crescimento foi acompanhado. Verificou-se então que as sementes submetidas à água tratada pelo passista germinavam com maior frequência do que as outras.
Depois de germinadas, as sementes foram colocadas em potes e mantidas em condições semelhantes de crescimento. Após várias semanas, e de acordo com uma análise estatística, as plantas regadas com a água tratada eram mais altas e tinham um maior conteúdo de clorofila.
O Fator psicológico altera os resultados da Magnetização? Grad lembrou-se de dar a água para pacientes psiquiátricos segurarem. Essa mesma água foi depois usada para tratar as sementes de cevada. A água energizada pelos pacientes que estavam seriamente deprimidos produziu um efeito inverso ao da água tratada pelo passista: ela diminuiu a taxa de crescimento das plantinhas novas (Jeanne P. Rindge in As Curas Paranormais, George W. Meek, Ed. Pensamento, 10ª edição, 1995, Cap. 13, pp. 158-159).
Bernard Grad efectuou ainda experiências com ratos. Numa delas, Grad produziu a doença do bócio (Bócio, conhecido popularmente como papo, é um aumento do volume da tiróide) em ratos e separou-os em dois grupos. Contatou um famoso curador, o Coronel do Exército Húngaro, aposentado, Oskar Stabany, que pegava nos ratos durante 15 minutos de cada vez, durante 40 dias.
Embora todos os animais apresentassem um aumento da tiróide, os ratos pertencentes ao grupo tratado pelo curador apresentavam uma proporção significativamente mais baixa de casos de bócio, 48 ratos que foram submetidos a uma pequena cirurgia e separados em três grupos, um dos grupos foi tratado pelo curador (“passista”). Nos ratos pertencentes ao grupo tratado pelo curador, o processo de cicatrização das feridas era significativamente mais rápido.
Estes estudos foram comprovados pelos Drs. Remi J. Cadoret e G. I. Paul, na Universidade de Manitoba, em condições de rigoroso critério, que concluíram: os ratos tratados por pessoas dotadas de poderes curativos apresentaram uma velocidade de cicatrização significativamente maior. (Medicina Vibracional, Ed. Cultrix, Richard Gerber, 1997).
Bernard Grad (RINDGE, 1983) mediu a cicatrização de ferimentos provocados na pele de 48 ratos divididos em 3 grupos de 16 unidades e tratados durante 40 dias. O grupo controle não foi tratado pelo "curador" voluntário, Cel. Estebany.
O segundo grupo foi submetido a calor na mesma temperatura das mãos de Estebany. O grupo por ele tratado apresentou velocidade de cicatrização estatisticamente significativa. Deduz-se que a bioenergia sutil emitida não é energia calorífica.
Qual é o conceito da água “fluidificada”? E de onde surgiu esse conceito? Temos de levar em conta o conceito do termo “água fluidificada”, oferecida atualmente nos centros espíritas, que surgiu no MEB- Movimento Espírita Brasileiro. De acordo com o dicionário, “fluido é uma substância que pode escoar (fluir)” e fluidificar significa “Fazer passar ao estado fluido”. Tendo em vista essas informações, podemos considerar que o termo “água fluidificada” está equivocado, pois a água já é um fluido.
Helmholtz em 1847 enunciou o principio da conservação de energia: “A soma da energia do universo é constante”. Isto equivale a dizer que a energia não pode ser criada e nem destruída, mas somente transformada. Se você energiza um copo de água - que não é espírito (e, portanto não guarda a mesma receptividade como num passe) ela teria obrigatoriamente que apresentar mudanças nas propriedades da água.
Em pesquisa, Bernard Grad analisou a água quimicamente para verificar se a energização (através do passe pela imposição das mãos) havia provocado alguma alteração física mensurável. Análises por espectroscopia de infravermelho revelaram a ocorrência de significativas alterações na água tratada pelo passista. O ângulo de ligação atômica da água
havia sido ligeiramente alterado, bem como a diminuição na intensidade das ligações por pontes de hidrogênio entre as moléculas de água e significativa diminuição na tensão superficial. (Medicina Vibracional, Ed. Cultrix, Richard Gerber, 1997).
Konstantin Korotkov (KOROTKOV, 1998), utilizando-se da moderna técnica GDV – Visualização da Descarga de Gás (ionizado) em torno de estruturas orgânicas e inorgânicas identificou alterações significativas, nas imagens da água tratada (Fig.2) bioenergéticamente por Allan Chumak.
Escolheu-se a água como substância de observação, levando-se em conta a tradicional afirmação nas grandes escolas espiritualistas, do seu papel de absorvedora de fluidos curativos, sua fundamental participação nos processos da natureza, principalmente nos ecossistemas orgânicos (NOGUEIRA, 1995), e finalmente pelo fato de podermos extrapolar os resultados das investigações para o sangue, a linfa e outros líquidos biológicos. Dr. Robert N. Miller (MILLER, 1977), e RINDGE, (1983), o qual se utilizou das faculdades da curadora Olga Worrall visando descobrir um processo para medir a energia curativa no que obteve sucesso, através de experiências controladas de medição da sua capacidade de "reduzir a Tensão Superficial da água".
A água é capaz de reter campos magnéticos? Estudando mais a fundo as tipologias da água, destacamos as seguintes para uma análise mais profunda:
Água destilada
A água constituída, exclusivamente, por hidrogênio e oxigênio. Origina-se na natureza quando se forma a chuva, ou é produzida em laboratório. Esta água é imprópria para consumo uma vez que não possui os sais necessários ao organismo humano.
Água mineral
A água que dissolve uma grande quantidade de sais minerais quando do seu percurso pela natureza. Normalmente, adquire cheiros, cores e gostos característicos o que permite classificá-la em vários tipos.
Os sais dissolvidos e ionizados presentes na água transformam-na num eletrólito capaz de conduzir a corrente elétrica. Como há uma relação de proporcionalidade entre o teor de sais dissolvidos e a condutividade elétrica, pode-se estimar o teor de sais pela medida de condutividade de uma água. Ou seja, quanto mais sais minerais a água conter, maior será sua capacidade de conduzir eletricidade.
Face ao exposto entendemos que a água mineral, sendo um condutor elétrico, pode-se considerar que ela é capaz de produzir campos magnéticos quando induzida, porém somente o recipiente poderia reter o campo magnético - recipientes específicos.
Conclusões:
No ritual, preconizado pelo movimento espírita brasileiro, de receber passes e beber água magnetizada, um dos fatores que se pode levar em consideração é a influência psicológica, que tem o poder de agir do inicio ao fim no processo; do magnetizador ao Espírito, até o paciente. O fator psicológico não é causa nem conseqüência, mas pode ser um elemento alterador dos resultados. Pode-se, ainda, considerar que o termo água fluidificada seja equivocado, pois a água, como definição física, já é um fluido. O termo surgiu no MEB - Movimento Espírita Brasileiro -, e o entendimento é de que água magnetizada seria aceito, porque a água não é capaz de reter campos magnéticos, mas ela pode ser magnetizada, segundo as pesquisas realizadas.
A ação de reter um campo magnético é diferente da ação de magnetizar. Os passes praticados em rituais na maioria das casas espíritas estão em sintonia com técnicas criadas da literatura oriental, afastando-se dos conceitos, experimentos e pareceres emanados nas obras Kardequianas, nas pesquisas de Mesmer e nas orientações dos Espíritos. Assim como todos somos médiuns, mas nem todos têm a capacidade mediúnica nesta encarnação, qualquer indivíduo é um magnetizador, mas nem todos tem a capacidade magnetizadora. Além da capacidade magnetizadora, é desejável que tenha o conhecimento necessário sobre Magnetismo Animal e sobre a influência da saúde física e moral no processo de magnetização, pois são fatores que alteram a qualidade dos efeitos. A Codificação explica que se pode magnetizar somente com o olhar, sem tocar ou até exclusivamente por ato da vontade. Essas são informações importantes e por esse motivo se faz necessário um treinamento da faculdade. Ter maior conhecimento facilita e impede que os magnetizadores sejam condicionados aos rituais, sem o entendimento dos "porquês", realizando práticas desnecessárias.
Fonte: Núcleo Espírita de Filosofia e Ciências Aplicadas - NEFCA - http://www.nefca.org.br/artigo/agua-fluidificada-e-passes-curadores...

Pedi Obtereis





Pedi e Obtereis

Quem pede a riqueza material e não se previne 
contra as tentações da ociosidade e 
do egoísmo, certamente obtém a fortuna, 
de mistura com amargas provações.
Quem pede a beleza física e não trabalha 
contra a vaidade, costuma receber a graça 
do equilíbrio orgânico em associação 
com dolorosas inquietudes.
Quem roga o bastão da autoridade e não se 
imuniza contra o vírus da tirania e da violência, 
sem dúvida guardará o poder humano, 
entre nuvens de maldição e de sofrimento.
Quem solicita os favores da inteligência e não se 
esforça por destruir em si mesmo os germes do orgulho, adquire os talentos da intelectualidade revestidos das grandes ilusões, que arrojam a alma invigilante nos despenhadeiros do remorso tardio.
Não é a riqueza material que fere os interesses do Espírito e sim o mal uso que fazemos dela.
Não é a forma aprimorada que perturba a 
consciência e sim a nossa atitude condenável, 
na mobilização dos favores da vida.
Não é o poder que humilha a alma e sim a nossa conduta menos digna dentro das aplicações dos recursos que lhe dizem respeito.
Não é a inteligência que nos projeta aos abismos 
do infortúnio e sim a nossa diretriz reprovável 
nos abusos do raciocínio.
" Pedi e obtereis" ensinou o Mestre.
Depende de nossa solicitação a resposta 
do bem ou do mal.
Tudo é bom para quem cultiva a bondade, 
tudo é puro para quem guarda a pureza do coração.
Quem se ilumina, jamais luta com as trevas que 
lhe fogem à presença brilhante.
Sirvamos, pois, Deus onde estivermos, procurando com o serviço incessante do bem descobrir-lhe a Divina Vontade, de modo a cumpri-la hoje, e agora, em favor de nossa própria felicidade.

***Emmanuel***

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