No Reino da Palavra...

- Não grite.
Não permita que o seu modo de falar se
transforme em agressão.

- Conserve a calma.
Ao falar, evite comentários ou imagens
contrárias ao bem.

- Evite a maledicência.
Trazer assuntos infelizes à conversação,
lamentando ocorrências que já se foram, é requisitar
a poeira de caminhos já superados,
complicando paisagens alheias.

- Abstenha-se de todo adjetivo desagradável
para pessoas, coisas e circunstâncias.
Atacar alguém será destruir hoje o nosso
provável benfeitor de amanhã.

- Use a imaginação sem excesso.
Não exageres sintomas ou deficiências
com os fracos ou doentes, porque isso viria
fazê-los mais doentes e mais fracos.

- Responda serenamente em toda questão difícil.
Na base da esperança e bondade,
não existe quem não possa ajudar conversando.

- Guarde uma frase sorridente e amiga para
toda situação inevitável.
Da mente aos lábios, temos um trajeto
controlável para as nossas manifestações.

- Fuja a comparações, a fim de que seu
verbo não venha a ferir.
Por isso, tão logo a idéia negativa nos alcance
a cabeça, arredemo-la, porque um pensamento
pode ser substituído, de imediato, no silêncio
do espírito, mas a palavra solta é sempre um
instrumento ativo em circulação.

Recorde que Jesus legou o Evangelho,
exemplificando, mas conversando também.
ANDRÉ LUIZ



Distribui sorrisos e palavras de amor aos irmãos algemados a
rudes provas como se os visses falando por teus lábios, e
atravessarás os dias de tristeza ou de angústia com a luz da
esperança no coração, caminhando, em rumo certo, para o
reencontro feliz com todos eles, nas bênçãos de Jesus, em plena
imortalidade.

(Emmanuel).

domingo, 4 de janeiro de 2015

O Cristo e o Mundo



O Cristão decidido, na busca incessante do auto-aprimoramento, não se pode descurar de manter-se em constante vigilância, a fim de que as distrações do caminho a percorrer não o desviem da rota.
A mente, pela facilidade de manter-se em polivalência de idéias, tende a constantes mudanças decomportamento, aceitando as induções que lhe chegam, alterando o plano de reflexões.
No torvelinho das preocupações, na horizontalidade do pensamento vinculado aos interesses imediatistas, surgem com muita freqüência interesses atraentes, que dizem respeito às necessidades do cotidiano, dando lugar a alterações de anseios e de valores que antes recebiam considerações acurada.
Nesses momentos têm início as vacilações quanto às metas elegidas, por se tornarem mais agradáveis aquelas que dão imediata resposta de prazer, que afetam os sentidos, proporcionando alegria inconseqüente.
Naturalmente, a desincumbência de tarefas idealísticas exige esforço, que sempre se transforma em sacrifício, pelo romper das algemas dos vícios que predominam em a natureza humana, como decorrência de condutas arbitrárias e agressivas do passado.
Pela natural tendência de evitar qualquer tipo de sofrimento, o ser humano prefere desfrutar no momento, embora procure anestesiar a razão a respeito dos efeitos danosos que advirão dessa atitude.
A atração pelo gozo arrasta multidões desavisadas aos labirintos d demoradas aflições, onde estorcegam e tentam libertar-se, o que somente é conseguido a preço alto de renúncia e de lágrimas.
Eis porque a eleição do Cristo, como roteiro de segurança, constitui definição de alta sabedoria, que somente conseguem aqueles que estão saturados das quimeras terrestres imediatas, enquanto anelam por felicidade legítima, por alegria plena.
Realizada a opção, a fim de que as vacilações e incertezas da marcha não constituam fator de desânimo ou de arrastamento para o recuo, faz-se necessário que cada qual indague o que lhe significa Jesus, como O vê e o que dEle espera.
Jesus, sem dúvida, é possuidor de um significado incomum, porque o Seu amor, de tal maneira é envolvente que, todos quantos com Ele se identificaram, nunca mais puderam dispensar-Lhe o convívio.
Em razão da necessidade de preencher os vazios do sentimento, diminuir as angústias da emoção, os tormentos dos desejos, Jesus representa o meio seguro para a completude, o estímulo para as lutas transformadoras, o refúgio dinâmico para o repouso após as refregas desgastantes.
A Sua serenidade em todos os momentos constitui emulação para o enfrentamento das mais diferentes situações e mais graves desafios, por facultar coragem feita de bondade e de compaixão para com o opositor.
Ele constitui o exemplo da vitória sobre si mesmo e as ocorrências em sua volta, oferecendo a segurança de paz, que falta nos líderes humanos, nos combatentes apaixonados, nos modelos que ainda não se encontram.
Se Ele tem esse significado na existência de alguém que O busca, torna-se indispensável vê-lO como o amorque se compadece, mas não conive, que ajuda, porém não se detém, que ensina, e também exemplifica, que convida ao Bem e o faz incessantemente, que propõe o reino dos céus, tornando mais digna a vida na Terra.
Ele deve ser visto sempre como a força que não violenta e conquista, a bondade que esparze socorros, mas estimula os beneficiários a que se levantem e se libertem dos fatores que dão surgimento às necessidades, a paciência que sempre aguarda, no entanto, segue adiante, confiando que aqueles a quem convida não mais poderão passar sem a Sua presença...
A visão que dEle se pode ter ilumina a consciência, porque é uma percepção interior enriquecedora, que não mais permite qualquer tipo de escuridão moral nos recessos dos sentimentos.
Ele se apresenta no imo de quem O busca na condição do vencedor inconquistado, de lutador sem repouso, do Homem Integral que se impôs a missão de libertar os seres humanos das suas paixões, doando a própria vida, a fim de ensinar a vitória sobre o ego em perfeita identificação com Deus.
Somente quando é visto na condição de Amor não amado, é que sensibiliza mais profundamente aquele que pretende seguir-Lhe as pegadas, atraído pelo Seu magnetismo incomum.
Alcançando esse patamar de visão altruística sobre Jesus-Cristo, torna-se natural saber exatamente o que dEle se espera.
O mundo oferece conforto, júbilo, entusiasmo, afeto, convívio agradável como decorrência de muitos sacrifícios, como é natural em todos os empreendimentos, no entanto, face à fugacidade da existência física, o tempo devora essas ofertas e deixa expressivos vazios no sentimento angustiado, quando o sofrimento não assinala as horas demoradas da jornada humana.
O homem no mundo espera felicidade e gozo, tranqüilidade e bem-estar, fundamentado na ilusão do poder econômico, social, político, religioso, artístico, cultural, científico, de qualquer espécie. A fragilidade do poder, todavia, decompõe-no, deixando magoado aquele que confiava haver adquirido tudo, em razão do desmoronar momentâneo do seu castelo de sonhos, ante a presença do infortúnio, a perda dos haveres, a saúde, a separação pela morte daqueles a quem ama...
A pessoa, porém, que busca Jesus, espera dEle a misericórdia da compaixão e do auxílio para superar-se, o aumento da a fim de vencer a própria incredulidade, a paz que advém do dever retamente cumprido.
Amando-O, espera ser alcançado pela Sua inspiração, fruindo a alegria de viver e estimulado a continuar as batalhas pela auto-iluminação.
Já não espera do Seu amor os bens materiais, tão do agrado dos que se enganam; as posições de relevo, que se transformam em dolorosos fardos de ostentação e loucura, os ouropéis que se desgastam e não oferecemharmonia, amor ou paz...
Vinculando-se a Jesus, espera preterir o mundo e suas facécias, preferindo o futuro radioso e pleno que começa desde o momento da eleição, entesourando amor duradouro, que se estende em direção a tudo e a todos.
A partir do momento do amor em expansão, a opção por Cristo está realizada, e aquele que a fez, nunca mais será o mesmo, jamais se arrependendo nem retornando ao primarismo, porquanto o oxigênio puro da montanha da sublimação evangélica inundá-lo-á com vigor para sempre.

Autor
Eurípedes Barsanulfo

Juventude



Todos sabemos que a juventude no corpo somático pode ser considerada um amanhecer, todavia, é mister receber a madrugada da esperança, com harmonia interior, a fim de que a esperança não se converta em taça de conteúdo ácido ou amargo.

Juventude é também entusiasmo. No entanto, quando o entusiasmo não frui a condição da experiência, se transforma em loucura e anarquia.

Juventude é bênção. Entretanto, conduzida pela indisciplina, deixa-se arrastar a lamentáveis perigos.

Juventude é porta de serviço. A porta, porém que jaz aberta, ao abandono, se transmuda em valhacouto de salteadores e vagabundos.

Juventude é igualmente o amanhã. Não obstante, se o hoje não se edifica sobre os alicerces das ações superiores, o porvir surge assinalado pelas sombras dos remorsos e arrependimentos tardios quanto inoperantes.

Assim, convém joeirar desde hoje o solo do futuro com as ferramentas da ação nobilitante.

Indispensável agir dentro da tônica do Evangelho Restaurado, a fim de que as emoções não desçam ao padrão das sensações primitivas,

Nem a inteligência venha a jazer, subalterna, sob os implementos e impositivos das constrições do passado...

O espírita é alguém que encontrou a rota. Após achá-la não se pode permitir a posição insensata ou frívola de quem não persegue coisa alguma, anulando-se nas ações intempestivas e desastrosas.

O espírita é o ser que descobriu tesouros inapreciáveis, não se podendo permitir a veleidade de atirar fora as preciosas gemas ouríferas das oportunidades não fruídas.

Inadiável o dever de seguir e viver o Evangelho puro de Nosso Senhor Jesus - Cristo, na sua beleza e seriedade primitivas, conforme os impositivos estabelecidos pelo próprio Rabi Galileu, que até hoje trabalha em regime de tempo integral, a favor da nossa libertação triunfante.

Jesus, hoje, é o mesmo de ontem, ensinando-nos comportamento austero em face das grandes concessões da corrupção hodierna e dos desajustes de toda ordem que campeiam vitoriosos.

Não nos equivoquemos nem realizemos a experiência espiritista, como se nos encontrássemos sob a compulsória de leis irreversíveis, dominando nossa ignorância. Assumimos um compromisso voluntário antes do berço, responsabilizando-nos pelo desfraldar da bandeira da Boa Nova, numa Humanidade sedenta de paz,bem como concordamos em reacender a tocha do Evangelho Vivo, no momento em que dominam as sombras da perturbação, facultando ao homem entrar em colapso, não obstante as suas conquistas técnicas.

Este momento é, portanto, de integração no espírito do Cristo.

Não negaceemos ante o dever; não regateemos esforços.

Integremos-nos na ação libertadora e marchemos intimoratos e intemeratos, na certeza de que Jesus marcha conosco, esperando que cumpramos com o nosso dever.

Juventude! O meio-dia começa nos primeiros minutos após a meia-noite, assim como o futuro corre mediante as rodas do presente.

É necessário calçar as sandálias da humildade e plasmar no Espírito que tem sede de amor o código da eqüidade e da justiça, a fim de que o arrependimento tardio não assinale as horas futuras, após a impulsividade ou a intemperança.

Avancemos, portanto, servindo, amando e instruindo-nos, porque se o serviço fala da qualidade das nossas convicções, se o amor nos desvela os sentimentos e a instrução nos conduz aos píncaros da sabedoria, só a caridade, como conseqüência, são as mãos do Cristo, transportando-nos à montanha da sublimação evangélica, onde nos integraremos no vero ideal da felicidade que perseguimos.


Autor
Eurípedes Barsanulfo

Deus




O Universo é obra inteligentíssima: obra que transcende a mais genial inteligência humana.
E como todo efeito inteligente tem uma causa inteligente, é forçoso inferir que a do Universo é superior a toda inteligência :
É a inteligência das inteligências;
A causa das causas;
A lei das leis;
O princípio dos princípios;
A razão das razões;
A consciência das consciências;
É Deus. Deus! Nome mil vezes santo, que Newton jamais pronunciava sem se descobrir!
Deus! Vós que vos revelais pela natureza, Vossa filha e nossa mãe, reconheço-vos eu, Senhor,
Na poesia da criação; na criança que sorri;
No ancião que tropeça; no mendigo que implora;
Na mão que assiste; na mãe que vela;
No pai que instrui; no apóstolo que evangeliza;
Reconheço-vos eu, Senhor, no amor da esposa,
No afeto do filho; na estima da irmã;
Na justiça do justo; na misericórdia do indulgente;
Na do pio; na esperança dos povos;

Na caridade dos bons; na inteireza dos íntegros;

Deus! Reconheço-vos eu, Senhor,
No estro do vate; na eloqüência do orador;
Na inspiração do artista; na santidade do moralista;

Na sabedoria do filósofo; nos fogos do gênio!

Deus! Reconheço-vos eu, Senhor,
N a flor dos vergéis; na relva dos vales;
No matiz dos campos; na brisa dos prados;
No perfume das Campinas; no murmúrio das fontes;
No rumorejo das franças; na música dos bosques;
Na placidez dos lagos; na altivez dos montes;

Na amplidão dos oceanos; na majestade do firmamento!

Deus! Reconheço-vos eu, Senhor,
Nos lindos antélios; no íris multicor;
Nas auroras polares; no argênteo da lua;
No brilho do sol; na fulgência das estrelas;
No fulgor das constelações!

Deus! Reconheço-vos eu, Senhor,
Na formação das nebulosas; na origem dos mundos;
Na gênesis dos sóis; no berço das humanidades;

Na maravilha, no esplendor, no sublime infinito!

Deus! Reconheço-vos eu, Senhor, com Jesus, quando ora: “PAI NOSSO QUE ESTAIS NOS CÉUS”...
Ou com os anjos,
Quando cantam: “GLÓRIA A DEUS NAS ALTURAS”...

Autor
Eurípedes Barsanulfo

Cem por um



Ócio, em qualquer parte, constitui esbanjamento.

Tudo vibra em perpétua movimentação, sem vácuo ou inércia na substância das coisas.

O corpo humano e o corpo espiritual são construções divinas a se estruturarem sobre forças que se combinam e trabalham constantemente em dinamismo santificante, por nossa vez, peças atuantes do Evangelho Vivo, demonstrando que o serviço é condição de saúde eterna.

Insculpe por onde passes o rasto luminoso do entendimento. Edifica o bem, seja escutando o riso dos felizes ou assinalando o soluço dos companheiros desditosos, criando rendimento nos tesouros imperecíveis daalma.

Ampara e ajuda a todos, desde a criança desvalida, necessitada de arrumo e luz para o coração, até o peregrino sem teto, hóspede errante das árvores do caminho.

Conserva por medalhas de mérito os calos nas mãos que abençoam servindo, a fadiga nos músculos que auxiliam com entusiasmo, o suor na fronte que colabora pela felicidade de todos os rasgões que te recordam as feridas encontradas no cumprimento de austeras obrigações.

Oremos na atividade construtiva que não descansa.

Cantemos ao ritmo da perseverança feliz.

Respiremos no hausto da solidariedade sem mescla.

A caridade converte o sacrifício em deleite, o cansaço em repouso, o sofrimento em euforia.

Ar puro – desfaz as emanações malsãs; água límpida – dissolve os detritos da sombra; sol matinal – dissipa as trevas...

Mãos vazias ou cabeça desocupada denunciam coração ocioso.

Sê companheiro da aurora, despertando junto com o dia nas obras de paciência e bondade, sustento e elevação.

A seara do Senhor no solo infatigável do tempo guarda riquezas inexploradas e filões opulentos.

Aquele que grafa uma página edificante, semeia um bom exemplo, educa uma criança, fornece um apontamento confortador, entretece uma palestra nobre ou estende uma dádiva, recolherá, cem por um todos os grãos de amor que lançou na sementeira do Eterno Bem, laborando com a Vida para a Alegria Sem Fim.


Autor
Eurípedes Barsanulfo

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