No Reino da Palavra...

- Não grite.
Não permita que o seu modo de falar se
transforme em agressão.

- Conserve a calma.
Ao falar, evite comentários ou imagens
contrárias ao bem.

- Evite a maledicência.
Trazer assuntos infelizes à conversação,
lamentando ocorrências que já se foram, é requisitar
a poeira de caminhos já superados,
complicando paisagens alheias.

- Abstenha-se de todo adjetivo desagradável
para pessoas, coisas e circunstâncias.
Atacar alguém será destruir hoje o nosso
provável benfeitor de amanhã.

- Use a imaginação sem excesso.
Não exageres sintomas ou deficiências
com os fracos ou doentes, porque isso viria
fazê-los mais doentes e mais fracos.

- Responda serenamente em toda questão difícil.
Na base da esperança e bondade,
não existe quem não possa ajudar conversando.

- Guarde uma frase sorridente e amiga para
toda situação inevitável.
Da mente aos lábios, temos um trajeto
controlável para as nossas manifestações.

- Fuja a comparações, a fim de que seu
verbo não venha a ferir.
Por isso, tão logo a idéia negativa nos alcance
a cabeça, arredemo-la, porque um pensamento
pode ser substituído, de imediato, no silêncio
do espírito, mas a palavra solta é sempre um
instrumento ativo em circulação.

Recorde que Jesus legou o Evangelho,
exemplificando, mas conversando também.
ANDRÉ LUIZ



Distribui sorrisos e palavras de amor aos irmãos algemados a
rudes provas como se os visses falando por teus lábios, e
atravessarás os dias de tristeza ou de angústia com a luz da
esperança no coração, caminhando, em rumo certo, para o
reencontro feliz com todos eles, nas bênçãos de Jesus, em plena
imortalidade.

(Emmanuel).

domingo, 18 de janeiro de 2015

Amor, Imbatível Amor




A EXCELÊNCIA DO AMOR

O processo de evolução do ser tem sido penoso, alongando-se pelos

milênios sob o impositivo da fatalidade que o conduzirá à perfeição.

Dos automatismos primevos nas fases iniciais da busca da sensibilidade,

passou para os instintos básicos até alcançar a íntelígêncía e a razão, que o

projetarão em patamar de maior significado , quando a sua comunicação se

fará, mente a mente, adentrando -se, a partir dai; pelos campos vibratórios da

intuição.

Preservando numa fase a herança das anteriores, o mecanismo de fixação

das novas conquistas e superaçdo das anteriores, torna-se um desafio que lhe

cumpre vencer.

Quanto mais largo foi o estágio no patamar anterior, mais fortes

permanecem os atavismos e mais dificeis as adaptações aos valiosos recursos

que passa a utilizar.

Porque o trânsito no instinto animal foi de demorada aprendizagem, na

experiência humana ainda predominam aqueles fatores afligentes que a lógica,

o pensamento lúcido e a razão se empenham por substituir.

Agir, evitando reagir; pensar antes de atuar; reflexionar como passo inicial para

qualquer empreendimento; promover a paz, ao invés de investir na violência

constituem os passos decisivos para o comportamento saudável.

A herança animal, no entanto, que o acostumara a tomar, a impor-se, a

predominar, quando mais/arte, se transformou em conflito psicológico, quando

no convívio social inteligente as circunstâncias não facultaram esse

procedimento primitivo.

Por outro lado, os fatores endógenos — hereditariedade, doenças

degenerativas e suas seqüelas —, assim como aqueles de natureza exógena

— conflitos familiares, pressões psicossociaís, religiosas, culturais, sócioeconômicas,

de relacionamento interpessoal — e os traumatismos cranianos,

respondem pelos transtornos psicológicos e pelos distúrbios psiquiátricos que

assolam a sociedade e desarticulam os indivíduos.

Criado o Espírito simples, para adquirir experiências a esforço próprio, e

renascendo para aprimorar-se, as realizações se transferem de uma para outra

vivência, dando curso aos impositivos da evolução que, enquanto não viger o

amor, se imporão através dos processos aflitivos.

Inevitavelmente, porém, momento surge, no qual há um despertamento

para a emoção superior e o amor brota, a princípio como impulso conflitivo,

para depois agigantar-se de forma excelente, preenchendo os espaços

emocionais e liberando as tendências nobres, enquanto dilui aquelas de natureza

inferior.

O sexo, nesse imenso painel de experiências, na condição de atavismo

predominante dos instintos primários essenciais, desempenha papel importante

no processo da saúde psicológica e mental, não olvidando também a de

natureza física.

Pela exigência reprodutora, domina os campos das necessidades do

automatismo orgânico tanto quanto da emoção, tornando-se fator de

desarmonia, quando descontrolado, ou precioso contributo para a sublimação,

se vivencíaddo pelo amor.

Psicopatologias graves ou superficiaís têm sua origem na conduta sexual

frustrante ou atormentada, insegura ou instável, em razão das atitudes 5

anteriores que promoveram os conflitos que decorrem daquelas atitudes

infelizes.

Nesse capítulo, a hereditariedade, a família, a presença da mãe

castradora ou superprotetora, todos os fenômenos perimatais perturbadores

são conseqüências das referidas ações morais pretéritas.

As terapias psicológicas, psicanalíticas e psiquiátricas, de acordo com

cada psicopatologia, dispõem de valioso arsenal de recursos que, postos em

prática, liberam as multidões de enfermos, gerando equilíbrio e paz.

Não obstante, a contribuição psicoterapêutica do amor é de inexcedível

resultado, por direcionar-se ao Si profundo, restabelecendo o interesse do

paciente pelos obgetivos saudáveis da vida, de que se díssocira.

O amor tem sido o grande modificador da cultura e da cívilização, embora

ainda remanesçam costumes bárbaros que facultam a eclosão de tormentos

emocionais complexos...

O imperador Honório, por exemplo, que governava Roma e seus

domínios, era jovem, algo idiota, covarde e pusilânime, conforme narra a

História. No entanto, pressionado por cristãos eminentes, discípulos do Amor,

fecho as escolas de gladiadores no ano de 399, onde se preparavam

homicidas legais.

Quando os gados ameaçavam invadir a capital do Império, o general

Atilicho, em nome do governante e do povo, os bateu em sangrentas batalhas,

expulsando-os de volta às regiões de origem em 403.

Ao serem celebradas essas vítórias no Coliseu — o monumental edifício

sólido que comportava cinqüenta mil expectadores e propiciava espetáculos

variados quão formidandos — estavam programadas cerimônias várias e

esplendorosas como: corridas de bigas e quadrigas, desfiles, musicais, bailados...

Por fim, em homenagem máxima ao Imperador e ao General, foram

exibidas lutas de gladiadores, que se deveriam matar.

No auge da exaltação da massa, quando os primeiros lutadores se

apresentaram na arena, um homem humilde atirou-se das galerias entre eles e

começou a suplicar-lhes que não se matassem...

O estupor tomou conta da multidão que, logo recuperando a ferocídade,

pôs-se a atirar-lhe pedras e tudo quanto as mãos alcançassem, ao tempo em

que pedúim a morte do intruso, de imediato assassinado para delírio geral...

Apesar do terrível desfecho, aquele foi o último espetáculo dantesco do

gênero, e em 404, as lutas de gladiadores foram finalmente abolidas.

O sacrifício de amor do anônimo foi responsável pela radical mudança de

hábitos na época.

Ressurgiram, sem dúvida, de forma diferente, naquelas denominadas

marciais, no Oriente, e de boxe, no Ocidente, porque ainda predominam os

instintos primitivos, mas serão proibidas em futuro não distante, como resultado

da força do amor...

Assim também as guerras, as lutas fratricidas, os conflitos domésticos e

sociais, quando a consciência de justiça suplantar as tendências destrutivas...

... O amor vencerá!

*

Examinamos, no presente livro, várias psicopatologias e conflitos

hodíernos, recorrendo a admiráveis especialistas nessa área, a quem 6

respeitamos; no entanto, colocamos uma ponte espiritual entre as suas

terapias valiosas e o amor, conforme a visão espírita, herdada do

Psicoterapeuta galileu.

Reconhecemos que não apresentamos qualquer originalidade, que ainda

não haja sido proposta. Dispusemo-nos, no entanto, a contribuir com

apontamentos que esperamos possam ajudar a evitar a instalação de diversos

conflitos naqueles que ainda não os registrou e auxiliar quem os padece, oferecendo-lhes

experiências e informações, talvez ainda não tentadas que,

certamente, contribuirão de forma eficaz para a conquista da saúde integral.

Tranqüila, por havermos cumprido com o dever da solidariedade que deflui

do amor, almejamos que os nossos leitores possam recolher algo de útil e de

valioso do nosso esforço de bem servir conforme aqui exposto.

Salvador, 18 de maio de 1998.

Joanna de Ãngelis 


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