No Reino da Palavra...

- Não grite.
Não permita que o seu modo de falar se
transforme em agressão.

- Conserve a calma.
Ao falar, evite comentários ou imagens
contrárias ao bem.

- Evite a maledicência.
Trazer assuntos infelizes à conversação,
lamentando ocorrências que já se foram, é requisitar
a poeira de caminhos já superados,
complicando paisagens alheias.

- Abstenha-se de todo adjetivo desagradável
para pessoas, coisas e circunstâncias.
Atacar alguém será destruir hoje o nosso
provável benfeitor de amanhã.

- Use a imaginação sem excesso.
Não exageres sintomas ou deficiências
com os fracos ou doentes, porque isso viria
fazê-los mais doentes e mais fracos.

- Responda serenamente em toda questão difícil.
Na base da esperança e bondade,
não existe quem não possa ajudar conversando.

- Guarde uma frase sorridente e amiga para
toda situação inevitável.
Da mente aos lábios, temos um trajeto
controlável para as nossas manifestações.

- Fuja a comparações, a fim de que seu
verbo não venha a ferir.
Por isso, tão logo a idéia negativa nos alcance
a cabeça, arredemo-la, porque um pensamento
pode ser substituído, de imediato, no silêncio
do espírito, mas a palavra solta é sempre um
instrumento ativo em circulação.

Recorde que Jesus legou o Evangelho,
exemplificando, mas conversando também.
ANDRÉ LUIZ



Distribui sorrisos e palavras de amor aos irmãos algemados a
rudes provas como se os visses falando por teus lábios, e
atravessarás os dias de tristeza ou de angústia com a luz da
esperança no coração, caminhando, em rumo certo, para o
reencontro feliz com todos eles, nas bênçãos de Jesus, em plena
imortalidade.

(Emmanuel).

domingo, 25 de agosto de 2013

Allan Kardec e O Livro dos Espíritos






1. INTRODUÇÃO

O objetivo deste estudo é captar não só o momento cultural histórico em que antecedeu a publicação de O Livro dos Espíritos como também as conseqüências que daí dimanam.

2. DADOS BIOGRÁFICOS

Hippolyte-Léon Denizard Rivail — Allan Kardec — nasceu no dia 03 de outubro de 1804, às 19 horas, na Cidade de Lyon, na França. Seu pai, Jean-Baptiste-Antoine Rivail, era magistrado, juiz de direito; sua mãe, Jeanne Duhamel, era professora; sua esposa, Amélie Grabielle Boudet, também, era professora. Como homem podemos dizer que foi professor, escritor, filósofo e cientista. Faleceu no dia 31 de março de 1869, com 64 anos de idade.

3. MOMENTO CULTURAL

Depois da Idade Média, em que se atrofiou o espírito crítico, o mundo começou a assistir à chamada revolução intelectual, em que o iluminismo foi o ponto de destaque.

A filosofia do iluminismo ergueu-se sobre certo número de concepções fundamentais, entre as quais: 1) a razão é o único guia infalível da sabedoria; 2) o universo é uma máquina governada por leis inflexíveis que o homem não pode desprezar; 3) não existe pecado original.

Este movimento, iniciado por René Descartes (1596-1650), foi enfatizado na Inglaterra, por volta de 1680, pelos trabalhos de Sir Isaac Newton (1642-1727) — que submeteu toda a natureza a uma interpretação mecânica precisa, e John Locke (1632-1704) — que rejeitando a teoria das idéias inatas de Descartes, afirmou que todo o conhecimento provém da percepção sensorial.

O apogeu do iluminismo se deu na França, especificamente nas obras de Voltaire e dos enciclopedistas. Voltaire é o campeão da liberdade individual. Disse: "Não concordo com uma única palavra que dizeis, mas defenderei até a morte o vosso direito de dizê-la".

No campo político, o advento do Parlamentarismo na Inglaterra, em 1688, a Independência dos Estados Unidos, em 1776 e a Revolução Francesa, em 1789 consolidaram os preceitos de liberdade que o mundo necessitava.

Em outros campos de conhecimento, lembramo-nos de Franz Anton Mesmer (1734-1815) e da sua descoberta da teoria do magnetismo animal (1779). Afirmava existir um fluido que interpenetrava tudo, dando, às pessoas, propriedades análogas àquelas do ímã. Em 1787, o marquês de Puysegur descobre o sonambulismo. Em 1841, Braid descobre o hipnotismo. Charcot o estuda metodicamente; Liebault o aplica à clínica; Freud o utiliza ao criar a Psicanálise.

Quanto ao fenômeno mediúnico, as repercussões do episódio de Hydesville, em 1848, ainda se faziam sentir nos chamados encontros das "mesas girantes".

4. OBRAS BÁSICAS E COMPLEMENTARES

4.1. OBRAS BÁSICAS

O Livro dos Espíritos (1857);

O Livro dos Médiuns - ou Guia dos Médiuns e dos Doutrinadores (1861);

O Evangelho Segundo o Espiritismo (1864);

O Céu e o Inferno - ou Justiça Divina Segundo o Espiritismo (1865);

A Gênese - os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo (1868).

4.2. OBRAS COMPLEMENTARES

4.2.1 OUTRAS OBRAS DE ALLAN KARDEC

Além dos cinco livros acima, Kardec escreveu também:

O que é o Espiritismo (1859);

O Espiritismo em sua Expressão Mais Simples (1862);

Viagem Espírita (1862);

Obras Póstumas (1.ª edição — 1890);

Revista Espírita, periódico mensal (1.ª edição — 1.º de janeiro de 1858)

4.2.2. AUTORES ENCARNADOS

Citam-se os escritos de Gabriel Delanne, Leon Denis, Camile Flammarion, J. Herculano Pires, Edgar Armond e outros.

4.2.3. AUTORES MEDIÚNICOS

Entre as obras mediúnicas, estão os livros psicografados por Francisco Cândido Xavier, Divaldo Pereira Franco e outros.

5. O LIVRO DOS ESPÍRITOS

5.1. COMO FOI CODIFICADO?

De acordo com Canuto Abreu, Allan Kardec começou a freqüentar as reuniões mediúnicas, em que a médium Caroline recebia o Espírito Zéfiro, o qual respondia às perguntas dos freqüentadores. Levava um caderno e anotava aquilo que lhe chamava a atenção.

"Certa feita, quebrando o hábito, indagou se lhe era possível evocar o Espírito SÓCRATES. Recebeu a seguinte resposta: "Sim. Sócrates já tem assistido a alguns de nossos colóquios, pois você o consulta amiúde mentalmente". Essa resposta arrancou o professor da costumada reserva. Declarou-nos ter, de fato, pensado muita vez no filósofo grego, esperançado de obter dele a verdadeira "filosofia dos Espíritos" de elite". (Abreu,1992)

Posteriormente, levava as suas próprias perguntas, o que lhe deu ensejo de compor O Livro dos Espíritos.

5.2. 501 PERGUNTAS

A primeira edição de O Livro dos Espíritos era em formato grande, in-8.º, com 176 páginas de texto, e apresentava o assunto distribuído em duas colunas. Quinhentas e uma perguntas e respectivas respostas estavam contidas nas três partes em que então se dividia a obra: "Doutrina Espírita", "Leis Morais" e "Esperanças e Consolações". A primeira parte tem dez capítulos; a segunda, onze; e a terceira, três. Cinco páginas eram ocupadas com interessante índice alfabético das matérias, índice que nas edições seguintes foi cancelado. (Equipe da FEB, 1995)

5.3. PALAVRAS DE G. DU CHALLARD

"Faz pouco tempo publicou o editor Dentu uma obra muito notável; diríamos mesmo muito curiosa, se não houvesse coisas às quais repugna qualquer classificação banal.

O Livro dos Espíritos, do Sr. Allan Kardec, é uma página nova do próprio grande livro do infinito e, estamos persuadidos, uma marca será posta nesta página"

"... Lendo as admiráveis respostas dos Espíritos, na obra do senhor Kardec, nós dissemos que haveria aí um belo livro para se escrever. Bem cedo reconhecemos que estávamos enganados: o livro está todo feito. Não poderíamos senão estragá-lo, procurando completá-lo. Sois homem de estudo, e possuis a boa-fé que não pede senão para se instruir? Lede o livro primeiro sobre a Doutrina Espírita Estais colocado na classe das pessoas que não se ocupam senão de si mesmas, fazem, como se diz seus pequenos negócios tranqüilamente, e não vêem nada ao redor de seus interesses? Lede as Leis morais. A infelicidade vos persegue encarniçadamente, e a dúvida vos cerca, às vezes, com seu abraço glacial? Estudai o livro terceiro: Esperanças e Consolações.Todos vós, que tendes nobres pensamentos no coração, que credes no bem, lede o livro inteiro. Se se encontrar alguém que ache, no seu interior, matéria de gracejo, nós o lamentaremos sinceramente". (Revista Espírita, 1858, p. 31 e 32)

6. O LIVRO DOS ESPÍRITOS E O FUTURO

6.1. NOVA ORDEM DE IDÉIAS

Os conhecimentos, veiculados nas 1019 questões, são alimento para toda a eternidade. Estes ensinamentos, trazidos pelos benfeitores do espaço, quando bem refletidos, marcarão uma nova ordem no estado da humanidade, pois provocarão profundas modificações nos alicerces corroídos pela fé dogmática.

6.2. DEBRUÇANDO-SE SOBRE A SUA FILOSOFIA

Para que possamos alicerçar todo o seu conteúdo doutrinal, devemos estar sempre nos debruçando sobre os seus princípios fundamentais, com o intuito de torná-los atualizados em nosso consciente.

6.3. O LIVRO DOS ESPÍRITOS NA ATUALIDADE

Recentemente foi traduzido para o árabe, povo inteiramente voltado para o Islamismo. É uma inserção genuína, pois nenhuma outra religião conseguiu tal desideratum.

7. CONCLUSÃO

O Livro dos Espíritos, marco de uma grande evolução espiritual da humanidade, deve ser um livro de cabeceira. Os adeptos sinceros, que percebem as suas conseqüências, devem estar constantemente o estudando, a fim alicerçá-lo nos meandros da consciência.

8. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

ABREU, Canuto. O Livro dos Espíritos e sua tradição histórica e lendária. 

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