No Reino da Palavra...

- Não grite.
Não permita que o seu modo de falar se
transforme em agressão.

- Conserve a calma.
Ao falar, evite comentários ou imagens
contrárias ao bem.

- Evite a maledicência.
Trazer assuntos infelizes à conversação,
lamentando ocorrências que já se foram, é requisitar
a poeira de caminhos já superados,
complicando paisagens alheias.

- Abstenha-se de todo adjetivo desagradável
para pessoas, coisas e circunstâncias.
Atacar alguém será destruir hoje o nosso
provável benfeitor de amanhã.

- Use a imaginação sem excesso.
Não exageres sintomas ou deficiências
com os fracos ou doentes, porque isso viria
fazê-los mais doentes e mais fracos.

- Responda serenamente em toda questão difícil.
Na base da esperança e bondade,
não existe quem não possa ajudar conversando.

- Guarde uma frase sorridente e amiga para
toda situação inevitável.
Da mente aos lábios, temos um trajeto
controlável para as nossas manifestações.

- Fuja a comparações, a fim de que seu
verbo não venha a ferir.
Por isso, tão logo a idéia negativa nos alcance
a cabeça, arredemo-la, porque um pensamento
pode ser substituído, de imediato, no silêncio
do espírito, mas a palavra solta é sempre um
instrumento ativo em circulação.

Recorde que Jesus legou o Evangelho,
exemplificando, mas conversando também.
ANDRÉ LUIZ



Distribui sorrisos e palavras de amor aos irmãos algemados a
rudes provas como se os visses falando por teus lábios, e
atravessarás os dias de tristeza ou de angústia com a luz da
esperança no coração, caminhando, em rumo certo, para o
reencontro feliz com todos eles, nas bênçãos de Jesus, em plena
imortalidade.

(Emmanuel).

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Reencarnação e Consciência






Reencarnação e Consciência

A conquista lúcida da consciência abre espaços para o entendimento das leis que regem a vida, facultando o progresso do ser, que se entrega à tarefa de educação pessoal e , por conseqüência , da sociedade na qual se encontra situado .
Não mais lhe atendem as aspirações os conceitos utópicos e as
afirmações pueris destituídas de razão , com os quais no passado se anestesiava o discernimento dos indivíduos e das
massas.
Com ela a idéia de Deus e da sua justiça evolui, arrancando-o do
antropomorfismo a que esteve algemado pela ignorância , para uma realidade mais consentânea com a própria grandeza.
Os velhos tabus, como efeito, cedem lugar aos fatos que podem ser considerados e examinados pela investigação, produzindo amplas percepções de conteúdos que enriquecem a compreensão.
O crescimento interior elucida a justiça, que já não se aferra aos
limites das paixões humanas que a padronizaram conforme os próprios interesses, agraciando uns e punindo outros, em lamentável aberração ética e de equanimidade discutível, senão
absurda.
A consciência conquistada favorece a penetração nas causas da vida mediante os processos de intuição, de dedução ,
e de análise decorrente da experiência vívida dos fatores que constituem o Universo.
Engrandecem-se o homem e a mulher que se despojam do temor ou da incredulidade, do beatismo ou da negação ,
assumindo uma postura digna, portanto coerente com seu estado da evolução.
Somente a consciência favorece a perfeita identificação com a realidade das vidas sucessivas , concepção-lei única a corresponder à grandeza da vida.
Sem a consciência , a inteligência lógica e crê, mas não se submete; a emoção aceita, porém, receia os impositivos do
estatuto da evolução, no qual está o mecanismo reencarnacionista.
A consciência abre as comportas da inteligência e do sentimento para a natural aceitação das experiências sucessivas e inevitáveis, que promovem a criatura.
A reencarnação é instrumento do progresso do ser espiritual. Ora ele expia, quando são graves os seus delitos, submetendo-se às aflições que constituem disciplinas educativas mediante as
quais se fixam nos painéis profundos da consciência os deveres a cumprir.
Noutras vezes são provações que enrijecem as fibras morais
responsáveis pela ação dignificadora.
Longe de ser uma punição, a dádiva do renascimento corporal é bênção do amor, auxiliando o espírito a desenvolver os
recursos que lhe jazem latentes , qual terra arroteada e adubada em condições de transformar a semente diminuta no vegetal exuberante que nela dorme.
Diante dessa realidade , amplia a tua consciência pela meditação e age com segurança ética, entregando-te ao compromisso de iluminação desde agora.
Nunca postergues os deveres a pretexto de que terás futuras
oportunidades.
A tua consciência dirá que hoje e aqui estão o momento e o lugar para a construção do teu ser espiritual, que se deve
elevar, libertando-te dos atavismos primitivos e das paixões
perturbadoras.
A consciência da reencarnação impulsionar-te-á ao progresso através do amor e do bem sem alternativas de fracasso,
porque a luz da felicidade brilhando à frente será o estimulo para que alcances a meta.
Sem a reencarnação a vida inteligente retornaria , ao caos, e a lógica do progresso ficaria reduzida à estupidez, à ignorância.
A consciência da reencarnação explica Sócrates e o homem bárbaro do seu tempo, Gandhi e o selvagem da atualidade, a
civilização e o primitivismo nesta mesma época.
Lentamente o ser avança, e , de etapa em etapa adquire experiência , conhecimento, sentimento, sabedoria, consciência.
Em O Livro dos Espíritos, na questão 170 encontramos o seguinte diálogo:

O que fica sendo o espírito depois da sua última
reencarnação ?

Espírito bem-aventurado ; puro espírito.

Para esse desiderato final , a consciência das reencarnações é
indispensável.


Autor: Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Franco. Livro: Momentos de Consciência



Consciência e Evolução




Consciência e Evolução

O despertar da consciência faculta a responsabilidade a respeito dos atos, face ao desabrochar dos códigos divinos
que jazem em germe no ser.
Criado simples e ignorante , o espírito tem como fatalidade a perfeição que lhe está destinada. Alcançá-la com rapidez
ou demorar-se por consegui-la, depende da sua vontade , do seu
livre-arbítrio.
Passando pela fieira da ignorância , adquiriu experiências mediante as quais pode discernir entre o que deve e o que lhe
não é lícito realizar, optando pelas ações que lhe proporcionem
ventura, bem-estar, sem os efeitos perniciosos, aqueles que se tornam desgastantes, afligentes.
Desse modo, torna-se responsável pelo seu destino, que está a construir, modificar, por meio das decisões e atitudes que
se permita.
O bem é-lhe o fanal , e este se constitui de tudo aquilo que é conforme as leis de Deus, que são naturais, vigentes em
toda parte.
A herança da ignorância primitiva prende-o no mal, que é contrário à lei de progresso, não , porém, retendo-o
indefinidamente e impossibilitando-o de ser feliz.
Cumpre-lhe , portanto envidar esforços e romper os elos com a
retaguarda, avançando nas experiências iluminativas, a principio com dificuldade, face à viciação instalada, para depois
acelerar os mecanismos de desenvolvimento, por força mesmo do prazer e alegria fruídos.
Lentamente, em razão da própria consciência , descobre os tesouros preciosos que lhe estão à disposição e dos quais
pode utilizar-se com infinitos benefícios.
Saúde e doença , paz e conflito, alegria e tristeza podem ser elegidos através do discernimento que guia as ações. Sem
essa claridade, os estados negativos tornam-se-lhe habituais e ,
mesmo quando estabelecidos, podem alterar-se através do
empenho empregado para vence-los.
Nunca te entregues à desesperança, ao abandono. Não és uma pedra solta, no leito do rio do destino, a rolar
incessantemente. Tens uma meta, que te aguarda e que alcançarás.
Penetra-te , mediante a reflexão, e descobre as tuas incalculáveis
possibilidades de realização.
Afirma-te o bem , a fim que o seu germe em ti fecunde e cresça. Serás o que penses e planejes, pois que da tua mente e
do sentimento procedem os valores que são cultivados.
O teu estado natural é saúde. As enfermidades são os acidentes de
trânsito das ações negativas, propiciando-te reabilitação. È
indispensável manteres atenção e cuidado na conduta do veículo carnal.
Assim , pensa no bem-estar, anela-o, estimulando-o com realizações corretas.

A tua constituição é harmônica. Os desequilíbrios são ocorrências, na corrente elétrica do teu sistema nervoso, por distorção de carga que assensações cultivadas proporcionam . Mantém os
interruptores da vigilância ligados, a fim de que impeçam as altas
voltagens que os produzem.
Em tua origem és luz avançando para a grande luz. Só há sombras porque ainda não te dispuseste a movimentar os poderosos geradores de energia adormecida no teu interior. Faze claridade,
iniciando com a chispa da boa vontade e deixando-a crescer até alcançar toda a potência de que dispõe.
O amor é o teu caminho, porque procede de Deus, que te criou. Desse modo verticaliza as tuas aspirações e agiganta os teus
sentimentos na direção da causalidade primeira.
Tudo podes, se quiseres.
Tudo lograrás se te dispuseres.
Buscando penetrar na ordem das divinas leis que propiciam o
entendimento da vida, ALLAN KARDEC interrogou as venerandas entidades, conforme registrou na questão 117 de O Livro
dos Espíritos :

Depende dos espíritos o progredirem mais ou menos rapidamente
para a perfeição ?

Certamente. Eles a alcançam mais ou menos rápido conforme o
desejo que têm de alcança-la e a submissão que testemunham à vontade de Deus.
Uma criança dócil não se instrui mais depressa do que outra
recalcitrante?

Autor: Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Franco. Livro: Momentos de Consciência



Gratidão e Evolução Pessoal



Gratidão e Evolução Pessoal

"Todas as criaturas têm papéis de relevante importância a desempenhar no universo, permitindo que a consciência reflita as ocorrências do cosmo e logre introjetá-las na consciência individual, por fim na coletiva.
Herdeiro das experiências pessoais, o ser humano é convidado a crescer em cada etapa do seu processo de desenvolvimento ético-moral, experienciando pequenos valores que se transformam em significados profundos.
A solidariedade, por exemplo, raramente é exercitada como aplicativo gratulatório, devendo ensejar o hábito de ser-se útil, de estar-se vigilante e lúcido sempre para ajudar, contribuindo em favor da mudança para um patamar histórico e moral mais elevado.

Essa cooperação expressa-se mediante o interesse de tornar a existência na Terra mais feliz, diminuindo os nexos de atritos e de desconforto moral, social e econômico, através das pontes da gentileza e do auxílio que se pode colocar "
a disposição daquele que o necessita. Esse esforço faculta consciência ao ego sobre a sua responsabilidade de superar a sombra e vincular-se ao self em ação dinâmica e portadora de edificações significativas. Tal conduta favorece o indivíduo com a alegria de viver, auxilia-o na libertação do estresse, evitando que tombe na neurastenia e na depressão.
Exercitando-se o sentimento gratulatório, automatiza-se o comportamento que se fixa no inconsciente, passando a exteriorizar-se noutras oportunidades sem nenhum esforço.

Ampliando o elenco da gratidão, vale considerar-se a ternura que vem perdendo espaço no comportamento dos indivíduos armados contra as ocorrências perturbadoras, e praticamente só é expressa nos relacionamentos mais íntimos, nos momentos de emoção afetiva especial entre os familiares e amigos mais próximos. A ternura, no entanto, deveria ser uma conduta natural, irradiante gentileza e prazer na convivência com tudo quanto cerca o indivíduo.

A gratidão contribui para essa batalha silenciosa que se trava na psique , porque oferece uma visão ampla do mundo e profunda de todos aqueles que fazem parte do círculo das amizades humanas."

Autor: Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Franco. Livro: Psicologia da Gratidão

Transformação Intima




Transformação Íntima

Tendências viciosas como impulsos para a virtude procedem, sim, do Espírito, agente determinante do comportamento humano.

Não podendo a organização celular definir estados psicológicos e emocionais, estes obedecem às impressões espirituais de que se encharcam, exteriorizando-se como fatores propelentes para uma ou outra atitude.

Destituída de espontaneidade, exceto dos fenômenos que lhe são inerentes, graças aos automatismos atávicos, a matéria orgânica é resultado das aquisições eternas do Espírito que dela se veste para as experiências da evolução.

A hereditariedade vigente nos mapas dos genes e dos cromossomas encarrega-se de transmitir inúmeros caracteres morfológicos, fisiológicos, sem exercer preponderância fundamental nos arcabouços psicológicos e morais, que pertencem ao ser espiritual, modelador das necessidades inerentes ao progresso e fomentador dos recursos que se lhe fazem indispensáveis a esse processo de crescimento a que se destina.

Descartar-se o valor dos implementos espirituais nos fenômenos comportamentais do homem, é uma tentativa de reduzi-lo a um amontoado de tecidos frágeis que o acaso organiza e desmantela ao próprio talante.

A vida pessoal escreve nas experiências de cada ser as diretrizes para as suas conquistas futuras.

Vícios e delitos ignóbeis, virtudes sacrificiais e abnegação, pertencem à alma que os externa nos momentos hábeis conforme o seu estágio evolutivo.

Vicente de Paulo e Francisco de Sales, fascinados pelo amor aos infelizes, liberaram as altas forças que lhes jaziam inatas, a serviço da caridade e da dedicação sem limite.

Ana Nery e Eunice Weaver, sensibilizadas pelo sofrimento humano, esqueceram-se de si mesmas e dedicaram-se, a primeira, aos combatentes feridos, e a segunda, à salvação dos filhos sadios dos hansenianos.

Eichmann e inúmeros carrascos nazistas acariciavam, comovidos, os filhinhos, após enviarem, cada dia, milhares de outras crianças e adultos aos fornos crematórios em inúmeros lugares dos países subjugados.

Tamerlão incendiava as cidades conquistadas, após degolar os sobreviventes, para depois dormir tranqüilo ao lado daqueles a quem amava.

Homens e mulheres virtuosos, sempre revelaram o alto grau de amor que lhes jazia em latência, da mesma forma que sicários e criminosos sanguissedentos deixaram transparecer a crueldade assassina desde os primeiros anos de infância...

As exceções demonstram o poder da vontade, que é manifestação do Espírito, quando acionada, propelindo para uma ou para outra atitude.

O hábito vicioso arraigado remanesce, impondo de uma para outra reencarnação suas características, assim impelindo o homem para manter a sua continuidade.

Da mesma forma, os salutares esforços no bem e na virtude ressumam dos refolhos da alma, e conduzem vitoriosos aos labores de edificação.

Toda ação atual, portanto, tem as suas matrizes em outras que as precedem, impressas nos arquivos profundos do ser.

Estás, na Terra, com a finalidade de abrir sepulturas para os vícios e dar asas às virtudes.

Substituindo o mau pelo bom hábito, o equivocado pelo correto labor, corrigirás a inclinação moral negativa, criando condicionamentos sadios que se apresentarão como virtudes a felicitar-te a vida.

Teus vícios de hoje, transforma-os, no teu mundo íntimo, em virtudes para amanhã ao teu alcance desde agora.

Libera-te pois, com esforço e valor moral, do mau gênio que permanece dominador, das paixões perturbadoras que te inquietam, e renova-te para o bem, pelo bem que flui do Eterno Bem.


Autor: Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Franco. Livro: Vigilância

No Lar



☆ Não olvides que teu filho, sendo a materialização do teu sonho, é também a tua obra na Terra. ☆

☆ Às vezes é um lírio que plantaste no tempo, contudo, na maioria das ocasiões, é um fragmento de mármore que deixaste à distância. ☆

☆ Flor que te pode encorajar ou pedra que te pode ferir.

Recebe-o, pois, como quem encontra a oportunidade mais santa de trabalho no mundo.

Não lhes abandones o espírito à liberdade absoluta, para que não se perca ao longo da estrada, e nem cometas a loucura de encarcerá-lo em teus pontos de vista, para que o teu exclusivismo não lhe desfigure as qualidades inatas para o infinito bem. ☆

Ajuda-o, acima de tudo, a crescer para o ideal superior, assim como auxilias a árvore nascente, em ímpeto ascencional para a luz. ☆

Livra-o das deformidades mentais, tanto quanto proteges o vegetal proveitoso contra a invasão da erva daninha.

Ser pai é ser colaborador efetivo de Deus na Criação.

Receber um filho é deter entre os homens o mais sagrado depósito.

Não desertes, assim, da abnegação, em que deves empenhar todas as forças peculiares à própria vida, a fim de que o rebento de tuas aspirações humanas se faça legítimo sucessor dos teus mais íntimos anseios de elevação.

O lar, na Terra, ainda é o ponto de convergência do passado. Dentro dele, entre as quatro paredes que lhe constituem a expressão no espaço, recebemos todos os serviços que o tempo nos impõe, habilitando-nos ao título de cidadãos do mundo.

Exercitemos, desse modo, o amor e o serviço, a humildade e o devotamento, no templo familiar, à frente de nossos amigos ou adversários do pretérito transformados hoje em nossos parentes ou em nossos filhos, e estaremos alcançando nos problemas da eternidade a mais alta e a mais sublime equação.

☆ Emmanuel ☆
Fonte: Luz no Lar: [psicografado por Francisco Cândido Xavier

A Felicidade não é deste Mundo





Não sou feliz! A felicidade não foi feita para mim! exclama geralmente o homem em todas as posições sociais. Isso, meus caros filhos, prova, melhor do que todos os raciocínios possíveis, a verdade desta máxima do Eclesiastes: “A felicidade não é deste mundo.” Com efeito, nem a riqueza, nem o poder, nem mesmo a florida juventude são condições essenciais à felicidade. Digo mais: nem mesmo reunidas essas três condições tão desejadas, porquanto incessantemente se ouvem, no seio das classes mais privilegiadas, pessoas de todas as idades se queixarem amargamente da situação em que se encontram.
Diante de tal fato, é inconcebível que as classes laboriosas e militantes invejem com tanta ânsia a posição das que parecem favorecidas da fortuna. Neste mundo, por mais que faça, cada um tem a sua parte de labor e de miséria, sua cota de sofrimentos e de decepções, donde facilmente se chega à conclusão de que a Terra é lugar de provas e de expiações.
Assim, pois, os que pregam que ela é a única morada do homem e que somente nela e numa só existência é que lhe cumpre alcançar o mais alto grau das felicidades que a sua natureza comporta, iludem-se e enganam os que os escutam, visto que demonstrado está, por experiência arqui-secular, que só excepcionalmente este globo apresenta as condições necessárias à completa felicidade do indivíduo.
Em tese geral pode afirmar-se que a felicidade é uma utopia a cuja conquista as gerações se lançam sucessivamente, sem jamais lograrem alcançá-la. Se o homem ajuizado é uma raridade neste mundo, o homem absolutamente feliz jamais foi encontrado.
O em que consiste a felicidade na Terra é coisa tão efêmera para aquele que não tem a guiá-lo a ponderação, que, por um ano, um mês, uma semana de satisfação completa, todo o resto da existência é uma série de amarguras e decepções. E notai, meus caros filhos, que falo dos venturosos da Terra, dos que são invejados pela multidão.
Conseguintemente, se à morada terrena são peculiares as provas e a expiação, forçoso é se admita que, algures, moradas há mais favorecidas, onde o Espírito, conquanto aprisionado ainda numa carne material, possui em toda a plenitude os gozos inerentes à vida humana. Tal a razão por que Deus semeou, no vosso turbilhão, esses belos planetas superiores para os quais os vossos esforços e as vossas tendências vos farão gravitar um dia, quando vos achardes suficientemente purificados e aperfeiçoados.
Todavia, não deduzais das minhas palavras que a Terra esteja destinada para sempre a ser uma penitenciária.
Não, certamente! Dos progressos já realizados, podeis facilmente deduzir os progressos futuros e, dos melhoramentos sociais conseguidos, novos e mais fecundos melhoramentos. Essa a tarefa imensa cuja execução cabe à nova doutrina que os Espíritos vos revelaram.
Assim, pois, meus queridos filhos, que uma santa emulação vos anime e que cada um de vós se despoje do homem velho. Deveis todos consagrar-vos à propagação desse Espiritismo que já deu começo à vossa própria regeneração. Corre-vos o dever de fazer que os vossos irmãos participem dos raios da sagrada luz. Mãos, portanto, à obra, meus muito queridos filhos! Que nesta reunião solene todos os vossos corações aspirem a esse grandioso objetivo de preparar para as gerações porvindouras um mundo onde já não seja vã a palavra felicidade.

- O Evangelho Segundo o Espiritismo 







Em relação a ti




Em relação a ti

Após a emoção do encontro com a Doutrina Espírita, agora, quando os deveres constituem norma de comportamento diário, na tua vida, observas, algo desencantado, a necessidade da contínua renovação de forças a fim de não desfaleceres.
Supunhas, inicialmente, que logo seriam resolvidos todos os problemas. Todavia, ei-los que retornam afligentes, complexos.
Dispões, porém, de recursos valiosos que não podes desconsiderar e graças aos quais não desfalecerás.
Reflete:
Quem tem fé, não se abate ante noite escura. Quem confia, não se desespera na convulsão. Quem ama, não se debate na desconfiança. Quem crê, não se tortura na incerteza. Quem espera, não se atira nos braços da aflição. Quem serve, não se agasta com a ingratidão. Quem é gentil, não aguarda entendimento.

Celeiro de Bênçãos
Psicografado por Divaldo Pereira Franco
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis

Educação Moderna





Uns condenam a educação moderna, saudosos dos tempos em que as crianças obedeciam aos pais pelo olhar e tremiam diante do mestre. Outros aprovam a nova educação sem a conhecer e fazem do seu princípio de liberdade uma forma de abandono. Não há liberdade irrestrita, pois a liberdade só pode existir dentro das condições necessárias. Um homem solto no espaço, livre até mesmo da gravitação, não pode fazer coisa alguma e perecerá na desolação. Para que ele tenha liberdade é preciso que esteja condicionado pelo meio físico, pisando a terra e aspirando o ar, condicionado pelo corpo e pelo meio familiar e social, e assim por diante.
A educação antiga era uma forma de domesticação. As crianças eram tratadas como animais. A educação moderna, a partir de Rousseau, é uma forma de compreensão. O seu princípio básico não é a liberdade, mas a compreensão da criança como um ser em desenvolvimento. O seu objetivo não é o abandono da criança a si mesma e sim o cultivo paciente da criança, para que possa crescer sadia no corpo e no espírito. Os maus juízos sobre a nova educação provêm do seu desconhecimento pelos pais e pelos mestres, muitos dos quais não possuem aptidão para educar.
Para os órfãos, o trecho citado de 0 Evangelho Segundo o Espiritismo prescreve-nos ajudá-los, livrá-los da fome e do frio, orientar suas almas para que não se percam no vicio. Esse o programa da nova educação. Seria um contra-senso convertermos os nossos filhos em órfãos, entregues a si mesmos, ao invés de vigiá-los, descobrir-lhes os maus pendores, corrigir-lhes as arestas morais e orientá-los para o futuro.
Os depositários de bens materiais cuidam deles para que não se deteriorem. O lavrador cuida das suas plantações para que produzam. Os pais, depositários de almas, têm responsabilidade muito maior e mais grave que a daqueles. Precisam cuidar de seus filhos e ajudá-los para que sejam úteis no futuro.



(Do livro “Na Era do Espírito”, psicografia de Francisco C. Xavier e Herculano Pires, Espíritos Diversos)

Benção do Trabalho


A Benção do Trabalho

É pela bênção do trabalho que podemos esquecer os pensamentos que nos perturbam, olvidar os assuntos amargos, servindo ao próximo, no enriquecimento de nós mesmos.
Com o trabalho, melhoramos nossa casa e engrandecemos o trecho de terra onde a Providência Divina nos situou.
Ocupando a mente, o coração e os braços nas tarefas do bem, exemplificamos a verdadeira fraternidade, e adquirimos o tesouro da simpatia, com o qual angariaremos o respeito e a cooperação dos outros.
Quem não sabe ser útil não corresponde à Bondade do Céu, não atende aos seus justos deveres para com a Humanidade nem retribui a dignidade da pátria amorosa que lhe serve de Mãe.
O trabalho é uma instituição de Deus.

"Quem move as mãos no serviço,
Foge à treva e à tentação.
Trabalho de cada dia
É senda da perfeição."
Chico Xavier

Oração para mim.




Oração para mim.

Que eu me permita olhar e escutar e sonhar mais. 
Falar menos. 
Chorar menos.
Ver nos olhos de quem me vê a admiração que eles me têm e não a inveja que prepotentemente penso que têm.
Escutar com meus ouvidos atentos e minha boca estática,as palavras que se fazem gestos e os gestos que se fazem palavras.
Permitir sempre escutar aquilo que eu não tenho me permitido escutar.
Saber realizar os sonhos que nascem em mim e por mim e comigo morrem por eu não os saber sonhos. 
Então, que eu possa viver os sonhos possíveis e os impossíveis; aqueles que morrem e ressuscitam acada novo fruto, a cada nova flor, a cada novo calor, a cada nova geada, a cada novo dia.
Que eu possa sonhar o ar, sonhar o mar, sonhar o amar, sonhar o amalgamar.
Que eu me permita o silêncio das formas, dos movimentos, do impossível,da imensidão de toda profundeza.Que eu possa substituir minhas palavras pelo toque, pelo sentir, pelo compreender,pelo segredo das coisas mais raras, pela oração mental
(aquela que a alma cria e que só ela, alma, ouve e só ela, alma, responde).
Que eu saiba dimensionar o calor, experimentar a forma, vislumbrar as curvas,
desenhar as retas, e aprender o sabor da exuberância que se mostra nas
pequenas manifestações da vida.
Que eu saiba reproduzir na alma a imagem que entra pelos meus olhos fazendo-me parte suprema da natureza, criando-me e recriando-me a cada instante.
Que eu possa chorar menos de tristeza e mais de contentamentos.
Que meu choro não seja em vão, que em vão não sejam minhas dúvidas.
Que eu saiba perder meus caminhos mas saiba recuperar meus destinos com dignidade.
Que eu não tenha medo de nada, principalmente de mim mesmo:Que eu não tenha medo de meus medos!
Que eu adormeça toda vez que for derramar lágrimas inúteis,e desperte com o coração cheio de esperanças.
Que eu faça de mim um homem sereno dentro de minha própria turbulência,sábio dentro de meus limites pequenos e inexatos, humilde diante de minhas grandezas tolas e ingênuas(que eu me mostre o quanto são pequenas minhas grandezas e o quanto é valiosa minha pequenez).
Que eu me permita ser mãe, ser pai, e, se for preciso, ser órfão.
Permita-me eu ensinar o pouco que sei e aprender o muito que não sei,traduzir o que os mestres ensinaram e compreender a alegria com que os simples traduzem suas experiências; respeitar incondicionalmente o ser; o ser por si só,por mais nada que possa ter além de sua essência, auxiliar a solidão de quem chegou,render-me ao motivo de quem partiu e aceitar a saudade de quem ficou.
Que eu possa amar e ser amado.
Que eu possa amar mesmo sem ser amado, fazer gentilezas quando recebo carinhos;fazer carinhos mesmo quando não recebo gentilezas.
Que eu jamais fique só, mesmo quando eu me queira só.
Amém





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